AS ALIANÇAS

Aliança significa compromisso, e determinados compromissos são selados com o uso de um anel como podemos exemplificar o casamento é um contrato ou compromisso entre os nubentes e a priori deveria ser para toda a vida. Ambos juram fidelidade, amor e respeito mútuo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza...

Em outras esferas as alianças são feitas de diversos modos, na Política, por exemplo, é feita através de diálogos e acordos para que tudo possa fluir na prática da melhor forma possível. Em ano eleitoral os “pré-candidatos” e os partidos políticos sempre antes das convenções eleitorais fazem as chamadas alianças, “costuras” políticas ou coligações visando o maior número de candidatos para disputarem as eleições em nome das ideologias defendidas por cada sigla partidária ou grupo político.

Tanto no casamento, quanto nas relações políticas as “juras” deveriam além de serem registradas em cartório, deveriam ser também executadas na prática do cotidiano, ou seja, o respeito entre os cônjuges, a fidelidade e o amor deveriam estar na vida diária para que a família exercesse papel de sustentação social. Na política não deveria ser diferente, a fidelidade partidária e a fidelidade ideológica, moral , cívica e ética deveriam prevalecer acima de qualquer interesse pessoal, pois, o que estamos vendo na atualidade é uma “avalanche” de desvios de conduta, que por conseguinte geram desvios de verbas e assim por diante, causando um descrédito político e social incalculável.

A política enobrece o homem, assim como o trabalho o dignifica, a política é uma obra de arte que deve ser esculpida com carinho, sentimento e lapidação, para que o ser humano venha ser valorizado em sua mais pura essência, a de filho de Deus. O homem depende das decisões políticas para sobreviver e para produzir sua cultura, sua arte e sua história. Durante a vida, sobretudo, em ano eleitoral que o bom senso, a ética, a reflexão possam nortear a vida social de nossa nação afim de que possamos dar um basta nos políticos impostores e corruptos que muitas das vezes “compram” nossos votos na ânsia de conquistar cargos eletivos e de confiança visando altos salários e grandes mordomias e ainda usufruir do pior tipo de tráfico, que é o tráfico de influência muito comum e utilizado no Brasil entre: Senadores, governadores, prefeitos, empresários, empreiteiros, bicheiros e outros. Devemos ser conscientes e “votarmos” com o intuito de elegermos políticos senão bons, menos ruins, para governarem nossas cidades da melhor forma em busca do bem estar social onde todos tenham pelo menos o básico para bem viver: Saúde de qualidade, trabalho, estudo, cultura, transporte e segurança pública. Que os políticos façam alianças para o bem comum da sociedade e usem anéis de prata e ouro em seus dedos para se lembrar de tais alianças e cumprir sua vocação de servir a comunidade e que tais alianças nunca sejam usadas como o anel de Gyges tornando-se invisíveis ou insensíveis aos apelos sociais. O personagem dessa história, um pastor chamado Gyges, encontra por acaso uma caverna onde jaz um cadáver que usava um anel. Quando Gyges enfia o anel no próprio dedo, descobre que esse o torna invisível. Sem ninguém para monitorar seu comportamento, Gyges passa a praticar más ações - seduz a rainha, mata o rei e assim por diante. (Platão. A República, II, 359b-360a ). Essa história levanta uma indagação moral: Algum homem seria capaz de resistir à tentação do mal se soubesse que seus atos não seriam testemunhados? Onde fica os olhos de nossa consciência? Pensemos nisso antes de apertarmos a tecla “verde” na urna eletrônica.

MARCIO ZANNOVITCH
Enviado por MARCIO ZANNOVITCH em 02/07/2012
Reeditado em 02/07/2012
Código do texto: T3755876
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