Dia dos Namorados

DIA DOS NAMORADOS.

Falar da mulher amada é fácil quando ainda não se disse tudo e já faz um bom tempo que garimpo outras nuaças, tonalidades novas para repetidas e conhecidas frases deste meu tão exíguo e oxidado léxico.

Tem momentos em que o cérebro cansa, a inspiração adeja, a laringe seca, o sono seca, a pena dança, a língua tartamudeia e as palavras tardam. Quando porém, avistamos a mulher querida, de nosso coração jorra como cachoeira palavras fartas a se debaterem pela ansiedade. A taquicardia cresce, a sudorese surge, as pupilas dilatam-se, a circulação sanguínea aumenta, o sol se posto aquece, a brisa em tempestade torna-se, o tempo célere voa, a latente veia poética aflora, os glóbulos brancos ficam vermelhos e os vermelhos brancos e aquele vulcão nunca adormecido explode... Enquanto isso acontece, a mulher amada linda como sempre, elegante como dantes, charmosa como nunca... os olhos lindos, a tez macia e os lábios adocicados... não está nem aí nem tá chegando...! Oh raça meu Deus, oh raça!

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 03/07/2012
Reeditado em 01/07/2020
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