Dia Internacional da Mulher.

Dia Internacional da Mulher - 08 de março

Dia Nacional da Mulher - 30 de abril

Ainda hoje não sei para que raio serve o Dia Internacional da Mulher e como se isso fosse pouco, ainda me arranjaram o Dia Nacional da Mulher. Vamos ser bestas, mas assim já é dose para “leãofante”...! Na verdade isso são “panos quentes”, paliativos, embromações. Mulher alguma precisa de um dia específico e para comemorar o quê? A mulher merece sim, respeito pela sua dignidade, carinho pela sua importância e reconhecimento por sua intrépida coragem. A mulher ocupa todos os espaços permitidos ou não, graças a sua visão aquilina e a aflorada obsequiosidade... Já foi dito que, se em lugar dos três reis magos fossem três rainhas magas ou operárias, a gruta de Belém não seria aquela imundice toda...

Excluídas as exceções, até o mais infeliz dos homens teve por certo, uma mulher que lhe fora de substancial importância, isso é questão de sensibilidade apenas e eu me sentiria um fracassado sem elas. Não foram poucas as que passaram por minha vida... Começo agradecendo à Dra. Rosa... que me curou de uma difteria aos três anos de vida, às professoras, uma por quem me apaixonei aos 13 anos e outra com a qual me casei aos 40. As mulheres meninas e as meninas mulheres, amigas, colegas de turma ou de trabalho, filhas retas ou filha torta, netas, amores permitidos ou proibidos, a todas as que plantaram em mim certezas ou ilusões, as que comigo colheram flores ou cactos, as que caminharam comigo sobre terrenos firmes ou pantanosos. As que choraram comigo minhas tristezas e perdão as que choraram sozinhas as dores que causei. As que me deram filhos e filhas e as que não me deram nada. As que colocaram risos em meu rosto opaco, que me deram na sede, água; no frio, calor e na solidão, companhia. As que me embalaram no sono ou que me abriram os olhos, que me fizeram a cabeça, que me conduziram pela mão, que me criticaram, que me deram broncas, que foram luzes para meus pés em caminhos nem sempre retos e limpos. As enfermeiras, secretárias, acadêmicas ou rudes, alunas, namoradas gorduchinhas ou magricelas. As que me deram banhos, que me lambuzaram de sorvetes, as que plantaram em mim saudades, as que marcaram encontros e não foram e as que foram e não me encontraram, as que me encontraram sem marcar encontro, as que se arrependeram de ter ido, as que se deliciaram, as que riram de minhas anedotas bobas, as que me admiraram ou que me achavam um chato e as que me amaram. As estressadas, malucas e as pacíficas, carinhosas e as que não estavam nem ai! As que deixaram muito e levaram pouco.

A todas que de alguma forma contribuíram para a minha formação, fica o registro do meu eterno e terno carinho e reconhecimento. Como já dissera um trovador:” Se com vocês sou pouco, sem vocês seria menos ainda”. Digo eu: Se com vocês sou pouco, sem vocês não seria nada.

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 04/07/2012
Reeditado em 02/12/2020
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