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MACACOS...

Dia desses, presenciando a crueldade de certo indivíduo para com um animal, fiquei indignado, passei a reflexionar e me perguntei: Quem é o animal?!
Uma experiência laboratorial levada a efeito por cientistas do comportamento com macacos-rhesus, aqueles macacos que habitam nas florestas da China, Afeganistão, Índia, e até fazem parte da mitologia indiana, apresentou resultados impressionantes e aconteceu da seguinte maneira:
Colocavam apetitoso prato de comida diante da jaula de um macaco-rhesus; só que para receber a comida ele deveria puxar uma corrente que ocasionava forte descarga elétrica no macaco de outra jaula, cujo sofrimento podia observar através de um vidro espelhado. Se não o fizesse passava fome.
Depois de perceberem como tudo funcionava, os macacos recusavam-se, repetidas vezes, a puxar a corrente. As pesquisas apontaram números de 13% que o fizeram, apenas uma vez, e 87% que preferiram passar fome. Um deles passou duas semanas sem comer, preferindo isso a fazer mal ao companheiro. Os que tinham, eles mesmos, levado choques em experiências anteriores ainda se mostraram mais renitentes em puxar a corrente.
O sexo dos macacos nenhum significado tiveram na negativa em fazerem mal a outros.
Entrementes, a experiência nos faz perceber em seres não humanos uma dedicação angélica para fazer sacrifícios com vista a salvar outros, mesmo que esses outros não lhes sejam parentes próximos.
De acordo com os padrões humanos convencionais, aqueles macacos-rhesus que nunca foram à catequese, nunca ouviram falar dos dez mandamentos, nunca assistiram a uma única aula de moral e cívica ou algo assim, parecem virtuosos nos seus fundamentos morais e corajosa resistência contra o mal.
Entre os macacos-rhesus, ao menos no assunto em foco, o heroísmo é norma...
E se fosse o contrário, os humanos no lugar dos macacos? Será que os índices seriam os mesmos, ou melhores os resultados?
A julgar pela atitude de uma grande maioria de pessoas, cujo comportamento revela que nenhuma importância dão aos animais, conforme mostram os estádios de rodeios, as arenas de touros, gente que despreza, que explora desbragadamente nossos irmãos inferiores sem o menor resquício de humanidade, a indagação sobre quem são os animais, por ora, fica sem resposta, e não preciso me estender na análise...
PEDRO CAMPOS
Enviado por PEDRO CAMPOS em 05/07/2012
Reeditado em 19/03/2014
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