A biodiversidade da política brasileira
Ando tão descontente com a política brasileira pelos vários escândalos e mau comportamento dos políticos, que nesse período em que se inicia mais uma campanha eleitoral a minha indignação só faz aumentar.
Quando escuto certos candidatos com longa história na política se autoproclamarem sérios, competentes, trabalhadores e honestos e alardearem que possuem as fórmulas e os meios para melhorar a qualidade de vida da população, coisa que nunca demonstraram nem fizeram antes, só me lembro da passagem bíblica em que Cristo chamou os fariseus de “raça de víboras” e “sepulcros caiados”.
Entretanto, a minha metáfora para descrevê-la, aproveitando a onda ecológica tão em moda, é que ela é o melhor exemplo de biodiversidade do mundo. São fungos, bactérias, vírus, baratas, ratos, serpentes, raposas, lobos e abutres convivendo em perfeita simbiose.
Os fungos, bactérias e vírus seriam aqueles políticos chamados de “baixo clero”. Não fazem um discurso em plenário e não apresentam uma proposta ou um projeto de interesse da nação, nunca aparecem, mas são tão nocivos quanto os demais, pois contaminam as instituições fazendo conchavos e falcatruas nos subterrâneos da política em busca de interesses menores e delegando aos líderes partidários o poder que lhes foi outorgado pelos eleitores para defender os seus direitos de cidadão.
Na categoria das baratas, ratos e serpentes, entrariam aqueles um pouco mais astutos, que se arvoram a aparecer sorrateiramente de vez em quando, para defenderem uma emenda parlamentar que beneficia o seu reduto eleitoral e afanar um pedaço maior do bolo ou barganhar junto aos caciques um cala-a-boca maior nos mensalões e demais propinas para se alinharem aos interesses de algum lobista.
Já na categoria das raposas, lobos e abutres, figurariam aqueles mais poderosos e vorazes, que já perderam o medo e o pudor de brigarem abertamente para abocanharem as altas comissões pagas por empreiteiras e as verbas polpudas administradas pelos cargos que seus apadrinhados ocupam nos principais ministérios e empresas estatais.
É possível que nesse ecossistema existam seres mais nobres, mais benéficos ou menos nocivos à democracia brasileira e cabe a nós eleitores identificar essas exceções e usar o nosso voto como vacina, antídoto, armadilha e outras formas de prevenção e combate a esses agentes maléficos.
Ando tão descontente com a política brasileira pelos vários escândalos e mau comportamento dos políticos, que nesse período em que se inicia mais uma campanha eleitoral a minha indignação só faz aumentar.
Quando escuto certos candidatos com longa história na política se autoproclamarem sérios, competentes, trabalhadores e honestos e alardearem que possuem as fórmulas e os meios para melhorar a qualidade de vida da população, coisa que nunca demonstraram nem fizeram antes, só me lembro da passagem bíblica em que Cristo chamou os fariseus de “raça de víboras” e “sepulcros caiados”.
Entretanto, a minha metáfora para descrevê-la, aproveitando a onda ecológica tão em moda, é que ela é o melhor exemplo de biodiversidade do mundo. São fungos, bactérias, vírus, baratas, ratos, serpentes, raposas, lobos e abutres convivendo em perfeita simbiose.
Os fungos, bactérias e vírus seriam aqueles políticos chamados de “baixo clero”. Não fazem um discurso em plenário e não apresentam uma proposta ou um projeto de interesse da nação, nunca aparecem, mas são tão nocivos quanto os demais, pois contaminam as instituições fazendo conchavos e falcatruas nos subterrâneos da política em busca de interesses menores e delegando aos líderes partidários o poder que lhes foi outorgado pelos eleitores para defender os seus direitos de cidadão.
Na categoria das baratas, ratos e serpentes, entrariam aqueles um pouco mais astutos, que se arvoram a aparecer sorrateiramente de vez em quando, para defenderem uma emenda parlamentar que beneficia o seu reduto eleitoral e afanar um pedaço maior do bolo ou barganhar junto aos caciques um cala-a-boca maior nos mensalões e demais propinas para se alinharem aos interesses de algum lobista.
Já na categoria das raposas, lobos e abutres, figurariam aqueles mais poderosos e vorazes, que já perderam o medo e o pudor de brigarem abertamente para abocanharem as altas comissões pagas por empreiteiras e as verbas polpudas administradas pelos cargos que seus apadrinhados ocupam nos principais ministérios e empresas estatais.
É possível que nesse ecossistema existam seres mais nobres, mais benéficos ou menos nocivos à democracia brasileira e cabe a nós eleitores identificar essas exceções e usar o nosso voto como vacina, antídoto, armadilha e outras formas de prevenção e combate a esses agentes maléficos.