Decisões

Acho que acabei de tomar uma decisão interessante. Curtir a incógnita do sábado. O que vamos almoçar? Onde? O que farei daqui a pouco? Fará calor, poderei continuar plantando minhas flores? Como será o final de semana? Muitas respostas p encontrar. Bastante trabalho.

Seguindo o conselho de Marcel Proust, decidi mudar o modo de olhar. Por que me angustiar, se posso simplesmente deixar o sábado passar, usufruindo o que ele trouxer, ao invés de desejar que ele passe rápido, pela incógnita que traz consigo?

Assim pensando, decidi não fazer o que tinha programado. Deixei ao sabor do acaso. Não saí, não cozinhei, cochilei depois do sanduíche, enquanto pensava estar assistindo Estrelas, com Angélica. Sentei-me aqui, com alguma dificuldade, consegui elaborar um esquema para uma palestra, tendo como tema Virtudes e Imperfeições.

A esta altura, eu já estava ficando ansiosa. Tomei minha homeopatia, sentei no jardim para ler, mas a leitura não rendeu. Meu pensamento estava divagando demais.

Cheguei à conclusão que, entre tomar a decisão e executá-la, há a necessidade da adaptação. Não estou pronta para deixar me levar ao sabor das incógnitas.

Penteei os cabelos, peguei minhas contas, fui ao banco, agendei os pagamentos, passei na floricultura, comprei as mudinhas de flores que faltavam, no mercadinho da Alice, comprei aquela cuca de uvas, quentinha ainda, e dois potes de sorvete, que ninguém é de ferro, para sobremesa de domingo. As filhas, o genro e o neto agradecem.

Agora, manhã de domingo, depois de uma chuvarada à noite, as flores estão lindas. O jardim colorido me saúda e diz que valeu a pena seguir minha programação, embora com atraso de algumas horas.

Com isso, também redescobri que sempre é tempo para fazermos o que desejamos, de fato.

Bom e gratificante domingo a todos.

11/02/2007