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           Então, na verdade, a coisa piorou. Depois que resolvi trazer à frente de minha mente a consciência da morte, o inconformismo com tudo, com a cegueira emocional das pessoas, triplicou. Fico impaciente entre meus irmãos. Não suporto vê-los enganados. Enganando-se! Confusos, agressivos ao extremo. Olhar tristonho... Com brilho parcial... Ah! Não era para ser assim. Mas, não era mesmo. Aquela máxima que "sempre acontece o melhor". francamente, está totalmente desacreditada, coitada! Já não sei mais o que dizer... Não tenho razão alguma, para continuar interpretando um engajamento a tanto desengano. Não posso mais fingir ser quem não sou. Não posso mais disfarçar, quem eu sou.
           Entendo que a maioria não se saiba. Mas nada faz para se conhecer. Ao contrário, as pessoas estão cada vez mais fugindo, alucinadamente, de si mesmas. Como se fossem seus maiores inimigos... Correm atrás de nada. Idolatram a lama...Não se garantem, de verdade, na cama. O que fazem é representar. Mas, aquele bom, de arrepiar, desconhecem. Têm medo! Estão fracas. Pudera! Em meio a tantas mentiras, até que estão se saindo bem...!!!...!!! Pararam de frequentar o templo sagrado do bom senso. Escravizaram-se ao doentio, patético temperamento. Temperamento, este, que não há argumento que defenda, que sustente. Haja ópio para tanta confusão.
           Sinto muito mesmo por tudo isso, por este absurdo sofrimento. Impossível dar as costas. Estou envolvido, conscientemente, até ao pescoço. O detalhe que alterou tudo, é que acordei para o coletivo. Até então, só pensava em mim. No máximo nos de minha roda... Agora, não. Interesso-me pela humanidade, pelo planeta Terra dentro de um contexto inimaginável de tão fantasticamente gigantesco.
           Veio-me, a um só tempo a humildade de conseguir identificar a clareza de sermos todos um, e a responsabilidade de ser co-autor deste enredo, a beira do abismo. Por isso escrevo, febrilmente.
           Enquanto permanecer nos domínios da lucidez, pretendo continuar a exercer meu ofício com toda a honestidade e sensibilidade, possíveis. É minha contribuição. A assinatura de minha passagem! É o que quero que considerem de mim, quando eu me for.
           Canto alto!
           Interpreto com todos os plexos...!
           Sou filho legítimo da Arte! Foi ela que me pariu. Literalmente, me criou. Holisticamente me amou, preparando-me para os voos inimagináveis, proporcionados pelas atividades artísticas que tremulam em meu peito: Poesia e Música!
 
 
...Com direito a belas imagens e a um gingado inconfundivelmente afro-brasileiro.



 
 
Confirmações: Janaína!


 

Vídeo indicado
"Mandingo"
Roberta Sá
 
 
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 17/07/2012
Reeditado em 18/07/2012
Código do texto: T3783681