Toda festa tem....

Dar festas é uma coisa natural do ser humano, quem não gosta de uma? Tais comemorações são costumeiras, as quais propiciam um encontro familiar. O qual muitas vezes é adiado, devido aos problemas pessoais e afazeres da vida individual de cada um.

Independente disso, toda festa encontramos figuras tipo, que abrilhantam ou não a festa. Com sua maneira excêntrica de ser,se tornam aquilo que prefiro chamar de personagens tipos, os quais em toda festa se encontra um.

Pode-se notar que em toda festa você encontra aquele tio chato. Esse mesmo que você está imaginando. Aquele faz piada fora de hora, as quais quase ninguém ri. Além de infernizar as criancinhas como forma de também chamar a atenção.

Também temos o tio penetra, aquele que ninguém convida porque sabe que só vai beber e falar mal dos outros, e na hora de ir embora sempre promete que já está indo e nunca vai.

Temos a tia excluída, aquela que fica no canto sem que ninguém converse, além de nem as crianças a tolerarem, fruto a sua maneira entojada de ser.

O tio bêbado é o mais engraçado, pois quando a festa começa ficar chata é ele que apimenta a coisa para que o furor e a graça do começo não se dissipe de uma hora para outra. Com seus comentários que representam aquilo que todo mundo pensa e não tem coragem de dizer, ele encanta e faz quem vê dar risada das barbaridades ditas. O bom é que apesar deste dizer a mais pura verdade, ainda tem um artíficio para justificar-se e ninguém ficar com raiva dele:

- Foi a bebida!!!!

Temos a tia Excêntrica aquela que não se coloca na idade que tem, caindo na farra no meio das crianças, assopra a vela antes do aniversariante, cai no chão rolando e brincando, tornando-se chacota para o resto da família.

Além da tia psicóloga, aquela que apesar de encalhada, dá palpites e conselhos na relação alheia.

As senhoras fofoqueiras de canto também se encontram nesta zorra, falam mal dos jovens e ainda para completar seus comentários sempre afirmam:

- No meu tempo.....

A tia solteirona é aquela que não se diverte e está sempre de cara amarrada. Nas festas em dia de semana fica até assistindo a novela no meio da comemoração, além de sempre tentar justificar a solteirisse:

- Não sou como umas e outras que casam e separam, para mim, o homem tem de ser definitivo

O tio Cadinho é o menos popular, mas há vezes em que existe ocorrência. É aquele tio que está com a esposa e a amante na festa, “pega” as duas e é acobertado pela família.

Além desses tipos, pode-se notar neste meio todo que existe sempre um bebê que chora sem parar e ninguém sabe o motivo.

O tio que chega no final da festa também é comum, o qual sempre se justifica colocando a culpa no trânsito ou no chefe, sendo que na verdade era ele que não estava com vontade de comparecer.

Porém, tudo isso em festa de criança isso se agrava ao ponto que, um casamento propõe a união entre duas famílias. Só que como se existisse uma linha divisória, as duas não se misturam, isolando-se em cantos opostos do salão. Gerando assim, o dobro de todos estes tipos ai citados.

O famoso cântico de felicitação começa e você nota as caras de insatisfação de alguns que, ou não queriam vir, ou acharam a festa uma porcaria.

Quando o bolo é cortado parece que o anjos dizem amém, porque desde o início da festa você está com vontade de comer um brigadeiro, mas devido a instruções de praxe tem de se esperar a famosa “hora do parabéns”.

Creio que ficou faltando apenas um tipo de pessoa, aquele tio que chega de mãos abanando e fala que devido ao trabalho não pode comprar uma lembrancinha, fazendo a seguinte promessa:

- O tio, compra e um outro dia ele te traz ok?

Os dias e anos passam e o bendito presente não chega, assemelha-se até as promessas de políticos que falam falam falam, mas você já olha com aquela cara de desconfiança:

- Não promete, eu sei que você não vai cumprir

Termino com a seguinte ideia: Festa em família é um poço de histórias, um poço de comédias. São momentos únicos que independente de fatigantes ou não, ninguém passa pela vida sem estar presente em uma dessas.

Vinícius Bernardes
Enviado por Vinícius Bernardes em 18/07/2012
Reeditado em 18/07/2012
Código do texto: T3784560
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