A NAMORADA IDEAL (in Crônicas Comprometidas com a tua vida)

A namorada ideal não precisa ser bela; basta ser bonito o suficiente para ser diferente das outras. Não precisa saber amar; é necessário ser inteligente, com um poder de percepção aflorado o suficiente para transformar momentos difíceis em e, fome do corpo e o sabor de seus beijos, a sede da boca. A namorada não precisa ser virgem, nem ser a primeira. É necessário que saiba se entregar por inteiro, ser criança e saber chorar, ser mulher e saber ser mãe.

Ela não precisa saber que eu sei que ela não sabe nada. Também não precisa saber muito de mim, nem eu dela. É somente preciso que nos momentos de amor sejamos um só, corpo, alma, pensamentos, sussurros e beijos. Ela precisa saber acariciar meus cabelos longos e me olhar por inteiro e, se tiver profissão, não precisa dizer o que faz, nem com quem conversa porque eu sou ciumento.

A namorada ideal deve sorrir nos momentos difíceis e saber chorar nos momentos de desespero, sem se fazer notar por ninguém. E assim, a lição deve ser seguida pelo resto da vida. Se o namorado não for sincero, não precisa se desesperar e nem criar escândalo. É parar, pensar um pouco, respirar fundo e ir à luta, reconquistando seu espaço perdido. Se assim não for suficiente, é só arranjar outro namorado porque homem nenhum admite o desprezo.

Se for bonita demais, não precisa ficar provocando.Se não se achar bonita, é deixar que a inteligência se sobressaia e não se deixar massacrar pelo machismo masculino. É preferível viver ao lado de quem pensa por si mesmo do quem se permite ser usada como objeto.

A verdadeira namorada precisa ser forte para não se deixar envolver no momento da separação, mas se não for, não é necessário forçar e tentar mostrar o que não tem. O certo é assumir a fraqueza e chorar baixinho, deixando a lágrima lave seu próprio coração para ter forças para continuar lutando.

Nos momentos de amor, a namorada não precisa declarar todo o seu amor eterno. É suficiente amar e provar esse amor através de suas atitudes. Mas é preciso lembrar, sempre, que o ato de fazer amor, unindo dois corpos ofegantes, não significa que o verdadeiro amor exista. Muitas vezes é preciso buscar o amor em pequenas coisas, como na rosa que eu nunca plantei, nas carias que eu nunca fiz, mas palavras que nunca pronunciei. Se for capaz de me entender assim, então poderá ser verdadeiramente a minha namorada ideal...!

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 23/07/2012
Reeditado em 23/07/2012
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