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Praça de Recreação e Alimentação Animal
 
 
                            Tenho a impressão que o quintal daqui de casa, virou uma espécie de Praça de Recreação Animal! Antes de continuar, devo registrar que isto não é uma reclamação. Ao contrário, é uma deliciosa constatação.
                            Tudo começou com um sabiá. Exatamente, meus amigos, um único sabiá desencadeou o que lhes conto a seguir. Vi-o no dia em que me mudei. Ele estava inaugurando a tela pra delimitar a nossa área dentro do sítio. Dia seguinte, estava lá de novo. Assim foi até que me decidia comprar frutas. Montei um self-service sobre a tela.
Aí foi aumentando, aumentando. Variando os tipos de passarinhos, até que chegou a primavera... Aí foi mesmo uma invasão. Junto, vieram os miquinhos, que depois de seis meses, passaram a pegar o pedaço de banana de minha mão. Sensação magnífica. Tem um que pega e fica em minha frente, comendo e me analisando dos pés à cabeça, literalmente. O sujeitinho chega a entortar a cabecinha pra me filmar... Bom também, é que eles vêm buscar o alimento, há um rápido toque das mãozinhas deles com a minha mão. Usam as duas, para esta atividade. Olhem, bom demais: eu recomendo!
                            No inverno, quando chove muito e venta, temos, Bob e eu, um hóspede no forro. Um sujeitinho um pouco estressado, que se agita de um lado ao outro, com seu tamanho médio... Não, não é um rato. Vi-o de relance por trás, entrando no forro. Tem um rabo peludo preto. Não vi sua carinha. Quando acaba a tempestade e amanhece, ele se vai. Reclamando, um pouco, porque começo meu dia, ainda de noite. Aí, ele resmunga e se vai, aos primeiros indícios do sol.
                            Recentemente, as galinhas do vizinho, fizeram ninho nas folhas que pus nas bananeiras que plantei. Vêm todos os dias passear pelo quintal. São garotas e um garanhão, que canta o tempo todo, durante o passeio...
                            Mais ou menos, na mesma semana percebi passeando pelo quintal dois gatos de um vizinho. Não sei qual. Um, lindo, branco e arisco. Outro malhado, mais sociável... Pus uns restinhos de comida de Bob, no caminho dele, que entendeu e passou a frequentar aquele pedaço do quintal. Gosto demais, de gatos. Em Paraty, cheguei a ter mais de vinte. Amava, enlouquecidamente, todos. Sabia todos os nomes, todas as manhas. Claro, que não pretendo repetir o feito aqui, até porque, lá, foi acidente. Tinha uma gatinha que deu à luz. É difícil doar filhotinhos de gatos. Alguns anos depois: vinte! Quando vejo o tal malhadinho, fico chamando, fazendo gracinhas, abaixo-me, para ele se aproximar... Até agora, nada. Mas, hoje, ele veio mais cedo. Nem Bob tinha comido ainda. Peguei uns salgadinhos e pus lá. Ficou de longe, me olhando. Voltei a malhar. Pela janela, o vi me observando. Chamei, de novo. Mandei beijos. E, ele, lá, deitado, observando. De novo, voltei à atividade física e fiquei imaginando o que ele deveria estar pensando, ao me ver aparecendo e desaparecendo na janela... Ofegante, suando, fazendo barulhos esquisitos... Receio não ter sido, muito bem interpretado...!
                            Muito bom demais, ter a abençoada companhia destes seres tão especiais. Tornaram-me mais humano!



Para terminar, em poesia, link abaixo:


http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/07/praca-de-recreacao-e-alimentacao-animal.html 


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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 27/07/2012
Código do texto: T3800365
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