UM BANHO NAS ÁGUAS PROFUNDAS DE ZÉLIA FREIRE”
 
 O texto que se segue foi publicado no FACEBOOK  por MÔNICA MELO TAVARES CORDEIRO,  que muito me encantou, diz respeito ao meu trabalho de escritora e tão envaidecida fiquei, que pedi permissão à autora  para publicar neste Recanto.
      
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Os pássaros ainda não voltaram para minha janela. Pensando bem, nem sei se realmente quero que voltem. Porque será que temos a mania de acreditar que aquilo que se foi, causando dor a quem ficou, é sempre o último suspiro? 

“As coisas findas, muito mais que lindas... Essas ficarão.” Drummond não estava apenas estabelecendo uma relação entre o estímulo e a resposta. Estava criando pensamento. E logo, pois, reflexo dele.

Se pudesse me banhar naquelas águas em que a Zélia Maria Freire expõe as profundezas das coisas... Talvez aprendesse a escrever o que provoca sede de conhecimento ao mundo. Pena saber que não seria tão simples assim... Não se fazem “Zélias” todos os dias. Nem tão pouco se encontram pelas esquinas da vida, de bar em bar, alguém que das frases ditas, muitos mais, daquelas escritas, retira a essência e a multiplica, fazendo com que em cada ser que a escritora leia, as reflexões comecem germinar.

Sendo tudo e nada. Sabendo que nada sabia. Consagrou-se. Espalhando com suas palavras, águas quentes, que não só aqueciam o coração, mas criavam a ebulição da razão. Mas, quando o vulcão entrava em erupção, ela com maestria, fazia o que era quente se transformar em frio, contudo, não permitindo que em gelo se transformasse.

E quem é esta tal Zélia que materializa o nosso firme pensamento de que, o que conhecemos é somente um átomo diante do que havemos de conhecer? Uma criação minha como àqueles passarinhos que fugiram da minha janela? Ou uma criação do Todo Poderoso Chefão dos Céus? 

De fato, os passarinhos podem não voltar à minha janela. É uma decisão deles. Posso eu dar o último suspiro diante da dor, ou elevar os suspiros para vencer a dor. A vida é uma escolha. E por falar em escolha, uma das melhores que fiz como leitora é acompanhar as linhas que elevam a Zélia. Um jogo de palavras que não há perdedor. Sigo de bonde, quem sabe não escorra um pouquinho de sapiência pelo ralo, de onde correm as águas em que se banha a Zélia...

- Venha esperança. Hora de trabalhar! Os sonhos não dormem!


 
Zélia Maria Freire e MÔNICA MELO TAVARES CORDEIRO
Enviado por Zélia Maria Freire em 02/08/2012
Reeditado em 02/08/2012
Código do texto: T3809632
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