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Raiz Exposta 
 
 
                            Mas, que praga é essa? Por todos os lados, há mentira! Em todas as instituições, na maioria das declarações, na esmagadora maioria das relações. De baixo pra cima. De cima pra baixo! Na horizontal, então!!! Misericórdia!
                            Pra que mentir – já questionava Noel! Maravilhoso! Ah! Se ele visse, no que nos transformamos...
Viver em sociedade é mentir, ser falso, sempre, tudo pelo nosso senhor dinheiro!!! Nem que seja em forma de conveniência. Ninguém fala toda a verdade. Ninguém escancara todas as suas antipatias, suas ambiguidades...
A opinião verdadeira fica sempre soterrada pelas convenções sociais. As verdadeiras intenções, aquelas inconfessáveis, repousam razoavelmente tranquilas, por trás das desgastadas e desbotadas máscaras.
                            Gente! Como digo sempre: que porcaria! Já nem sabemos mais lidar com a verdade, assim cara a cara! Na lata! Não, acho que ninguém aguentaria! Nem eu! Imagine. Vivo isolado, exatamente, por isso. Pra não ter que ficar interpretando, fingindo que aceito e gosto, do que detesto! Desprezo! Tenho nojo!
                            Nós esbravejamos sempre contra a falsidade dos políticos. Mas, em qual emprego que tenha mais de duas pessoas, que não rola um puxãozinho de tapete??? Uma fofoquinha no ouvido do ego do chefe?! Ainda que, de leve! Talvez, meio por tabela! Mas, rola! A maldita competição que foi injetada em nossas veias, pelo monstruoso capitalismo, é que nos induziu a este comportamento, bem longe, do racional e, anos luz, de nossa condição de “humanos”. Somos induzidos a competir em tudo, por tudo, o tempo todo. Francamente, só um energúmeno pra acreditar que esta fórmula poderia durar. O raciocínio é simples: na competição um vai ganhar, e muitos vão perder, impreterivelmente. Mais em miudinho ainda: o progresso de um é feito em cima da tragédia, da perda, do outro. Por exemplo, as olimpíadas: qual número é superior: o dos que voltam pra casa, felizes, ou o dos que voltam pra casa, arrasados, humilhados, com o rabinho no meio das pernas... É matemático, minha gente!
Eis a raiz exposta de tooooooda forma de violência. Perder o tempo todo, cansa, revolta. A revolta narcotiza os princípios, emudece o caráter e abre as pernas para os instintos. Os piores, infelizmente!
Ao invés de competir, precisamos conjugar o verbo compartir!
 
 
 
 
Para amenizar: uma linda canção e uma poesia no link abaixo:
http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/08/raiz-exposta-pra-sonhar.html


 
 
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 03/08/2012
Reeditado em 03/08/2012
Código do texto: T3811791
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