Depressão.

Li a pouco um texto de Facundo Cabral (marginal escritor e cantor Argentino, assassinado na Guatemala ano passado), onde fazia a relação entre depressão, distração e ociosidade. Fiquei um tanto contra estas ligações, pois já passei por uma depressão violenta e conheço sua gravidade. Mas refleti:

A depressão normalmente aparece após perdas irreparáveis ou na desesperança vazia. Assim remetido ao meu passado percebi que durante minha depressão (perdas), eu realmente andava desocupado pensando na mesma e distraído, pois não percebia a beleza que é a vida e as oportunidades que lá estavam e só eu não enxergava. Só consegui sair do fundo do poço quando tracei objetivos claros e olhando para o espelho desejei algo profundamente.

De um total desorientado me dediquei à literatura almejando ser escritor. Quando estamos determinados e orientados a um objetivo e visualizamos este num futuro próximo nada nos segura. Prova disto é este quinto livro que pretendo lançar em breve com uma coletânea das crônicas que aqui escrevo.

Distraído e desocupado? Cuidado, a crise de identidade e a depressão podem estar de olho em você.