Deixo livre as coisas que amo. Se elas voltarem é porque as conquistei, senão porque nunca as tive.

Há exatos 14 anos atrás aprendi um modo de vida um tanto quanto simpático com minha prima. Por toda a minha querida pseudo-juventude ela sempre me dizia: “Deu vontade? Liga! Tá afim de ir atrás? Vá. A vida é uma só e devemos viver o hoje sem nos preocupar com o amanhã, porque o amanhã pode não chegar”.

Bingo! Enfim descobrimos de quem é a culpa por eu ser assim. Ela responde por Pryscila. Podem ir atrás dela. Eu deixo.

E então, desde sempre eu vivo a este modo. Com aquela terrível consciênciazinha gritando que NINGUÉM SABE O DIA DE AMANHÃ e que devemos demonstrar o que sentimos, falar o que pensamos, pedir o que queremos NESTE SEGUNDO. Porque amanhã nós ou mesmo as pessoas envolvidas, podem não mais estar aqui.

Confesso que é uma forma um tanto quanto fatídica de se viver, e junto com esta técnica infalível de minha prima, herdei também uma baita ansiedade que me faz ter sensações de frio na barriga, daquelas de quando vamos ligar para alguém especial, mas mesmo quando eu nem penso em ligar para ninguém!

Gostei de algumas pessoas, até que enfim eu reconheci uma em especial, em meio a tantas outras. Uma pessoa que mexeu comigo, que me fez enxergar o que de fato era o amor. E desde então, vivo com a certeza de que se tudo aquilo que eu vivi antes dele era amor, o que sinto por ele não tem nome. E quanto a ansiedade, controlo-me! E vivo com a certeza do meu MAKTUB que me diz que O QUE TIVER DE SER VAI SER, nada nem ninguém vai atrapalhar. Vivo com a certeza de que tudo tem sua hora e seu momento certo para acontecer e que o que é do homem o bicho não come. Em meio aos últimos acontecimentos passionais que a TV não para de noticiar, como o caso do Lindemberg que não aceitou a separação imposta pela pessoa que amava, deixo aqui o meu recado: Amores vem e vão. Se o seu se foi, não se desespere, não pare de trabalhar, não caia, não desanime, porque somente o verdadeiro e mais perfeito amor permanece. Permanece dentro da alma, do coração e por maior que seja a distância hoje, você ainda pode sentir algo diferente dentro de você. Tudo tem sua hora certa e nada acontece por acaso. Às vezes, a distância ocorre justamente para um aprendizado nosso, para darmos valor, para pensarmos e melhorarmos, para crescermos e aprendermos. E se for amor de verdade, na sua melhor forma, para o bem de todos os envolvidos, com certeza nada disso é o fim. Acredite em você e no amor que você sente. Você é maior do que qualquer problema seu. Saiba diminuí-lo dentro de você e você saberá exatamente como resolvê-lo. Tenha amor próprio, porque é o nosso primeiro e mais poderoso amor, e quem antes de tudo não se ama, não tem condições para amar e dedicar todo o amor a uma segunda pessoa. MAKTUB! Está escrito!

Paula Cassim

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