O PERDÃO.

Perdoar não é enfraquecer-se, o perdão habita o fortalecimento da alma, é abrigo dos fortes.

Abrir o coração e estender a mão é apagar a mágoa que se debate entre a incompreensão e o desencontro, fechar a cena do teatro da vida onde a ilusão de compreender faz enredo.

Perdoar é renascer, subir ao topo da montanha e entender a largueza de sua doação.

No perdão se encontra a verdadeira liberdade, é a chave que abre a plenitude da recepção ao que ninguém aplaude; o sucesso que incomoda e o fracasso lastimado.

O ressentimento consome o interior, impossibilita a grandeza do gesto plasmado na pacificação do pensamento, reconhecendo a limitação de quem ofende, entendendo quem se omite, ficando-se acima do descrédito dos indiferentes.

Perdoar é estar mais próximo de Deus...ainda sem alcançá-lo.

Ninguém cai do alto a que nunca chegará, a mágoa não conhece alturas, o perdão, de sua elevação, sem soberba, olha altaneiro no leito da paz horizontes desconhecidos, iluminados, antes invisíveis pelas sombras espessas.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 07/08/2012
Reeditado em 05/08/2013
Código do texto: T3817920
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