Transição (Reflexão sobre a vida terrena)
Estava eu no corredor
Toc toc toc
O ruído do salto
Seu ribombar maior que uma zabumba
Assustado corria até a porta
E lá estava uma alma agonizante
Pedindo que alguém a deixasse em paz
Toda aquela correria como se soubéssemos das coisas etéreas
A vida se findava e nós, tentávamos de qualquer forma impedi-la
Deus temos que ter o discernimento para saber que a fatídica hora chegava
Atuamos por nossa força moral onde sabemos que as chances são impossíveis
Temos que aceitar a vida como ela é, ao se findar.
Que se termine com dignidade e respeito,
Com carinho e atenção,
Para amenizarmos a transição.
Não somos Deus e nem em momento algum temos esta pretensão,
Deixe a Ele estas incumbências.
Devemos sim como cristãos amparar esta agonia da matéria,
Para que o desenlace transcorra sem tristeza ou pânico, calmamente.