E S P O R T E - Fator de Integração dos Povos

Que feliz a idéia, tida há milênios na Grécia Antiga, de congregar os povos naquelas primeiras Olimpíadas! O que já se conseguiu com o esporte na promoção da paz Mundial, deixa-nos muito esperançosos quanto ao nosso futuro. Países como o Haiti, mergulhado numa guerra civil absurda, pára tudo para jogar futebol com o Brasil, numa grandiosa festa. O gosto pela coisa é de épocas muito remotas e abrange a todos os recantos do mundo.

A construção de mais campos para as “peladas” dos meninos (as), pouparia o mundo da construção de prisões de segurança máxima, uma fracassada tentativa de ressocialização de delinqüentes em nosso país. Olhe, que já se viu muitos campos de plantações virarem “estádios” da noite para o dia, lá no interior! Já se aproveitou várzeas e até mesmo lagoas, para a prática do futebol.

Desavenças neste esporte existem, mais por conta de uma minoria fanática, ou mesmo por interesses inconfessáveis de alguns, do que por outros motivos. Vimos pequenos asiáticos, europeus, africaninhos, admirando e abraçando seus atletas/ídolos de diversos pontos da terra, principalmente do Brasil. Os nossos indígenas do Xingu e de outros lugares são também a prova desta grande integração dos povos, incluindo raças, costumes, credos muito diferentes.

As outras modalidades, certamente tem contribuído para esta integração. O atletismo, com sua suas maratonas, um pouco mais de quarenta quilômetros (corridas de fundo) e as de percursos menores, meias maratonas, metros rasos, sem ou com barreiras, tem estado a integrar atletas do mundo inteiro em eventos de competição, comemorativos, renovando a esperança de Paz aos povos deste conflituoso Planeta! (Jun/Jul 2006).

”COPA DE 74, A CASA QUASE CAIU ! :: O Futebol é outro instrumento de integração nacional, quiçá universal, além da música que anteriormente mencionei. Surgia por todos os cantos campinhos de futebol, até em detrimento de plantações, lavouras que esperassem o arrefecimento do entusiasmo causado pelas vitórias da Seleção “Canarinho”. Não havia acompanhado as “Copas do Mundo” anteriores, a não ser a de 62 que ganhamos com jogadores como Pelé, Garrincha, Zagallo e tantos outros. Acompanhamos pelo rádio, sem saber se “jogavam para cima ou para baixo”, como dizia meu pai, quando passou a assistir os jogos pela TV: - “Agora vai melhorar, porque o time vai atacar pra baixo”, sem a exata noção de que os campos de futebol, são rigorosamente nivelados. Talvez o seu campinho, lá de Araguari, não o fosse.

A copa de 70, ganha por Pelé, Clodoaldo, Tostão, Rivelino, Garrincha e outros heróis nacionais canarinhos, Zagallo como técnico, não assisti pela TV. Mas a de 1974, em Crixás-GO, assistimos em um único aparelho, num lugar alto da cidade. Era na casa de um rapaz, que nos concedeu este privilégio, mesmo a contra gosto. A multidão subia pelas paredes até ao telhado, quase derrubamos a casa!

GARRINCA, SEUS ÚLTIMOS DIAS :: Muito mais tarde iria assistir a uma “histórica” partida de futebol na cidade de Planaltina- DF. Pela última vez, Garrincha participaria de um jogo, com seus malabarismos, mesmo que por pouco tempo. Estava gravemente enfermo! A renda daquele evento seria revertida para ajuda deste lendário e folclórico, jogador. Morreria poucos dias depois. Estavam comigo, Delma minha cunhada, e K ... minha filha, em 1983.”

Matéria entre aspas,de: “Tempos Memoriais” - Recanto das Letras