UM PROFESSOR PARTICULAR E UM LINDO JARDIM!

Eu estava cursando o Curso Ginasial que ingressávamos após o Curso Primário, creio que na segunda série. Tive dificuldade em MATEMÁTICA, o “bicho papão da época”, lá pelos idos da década de 50, 60...Fiquei de segunda época nesta matéria e, teria que fazer uma prova antes do final das férias de fim de ano, e só passaria de ano caso fosse aprovada e isto significava estudar nas férias.

Meus pais ficaram frustrados, eu sempre fui boa aluna e agora estava com este problema, problema no verdadeiro sentido da palavra. Passado as festas de fim de ano foi contratado um professor particular para me dar as aulas de reforço e o principal fazer o milagre de me fazer gostar da matéria em questão.

Foi então que lá veio ele, o professor. Lembro-me muito bem dele, era sério, só andava de paletó, muito alto, magro e de chapéu. Era amigo do meu pai e lecionava no Ginásio Estadual, eu estudava em colégio particular e não o conhecia muito bem.

Mamãe tinha mãos de fada, cultivava no quintal da nossa casa um jardim maravilhoso, repleto de flores de todas as espécies, as rosas eram suas preferidas e eram admiradas por todos na nossa cidade. O costume era trocar mudas de flores em geral entre as vizinhas e amigas, elas não podiam ver uma flor diferente que lá estavam trocando “figurinhas”. Bem, vamos voltar as assunto das aulas de matemática, mamãe preparou uma mesa pequena e sabe onde ela a colocou? Numa sombra frondosa num canto do jardim, onde o eficiente professor me ensinava a terrível matéria. As aulas eram ao cair da tarde e já estava bem fresquinho, pois era hora de aguar as plantas, primeiro com o famoso regador e posteriormente veio a modernidade, ou seja, as mangueiras de plástico.

O professor ficou encantado com nossa “sala de aula”, lembro bem dele me dizer:” aqui neste lindo lugar certamente você vai aprender muito bem e jamais esquecerá nossas aulas”. NUNCA mesmo! Fui bem sucedida, passei com louvor na temida prova de segunda época. Vou confessar, tomei muito gosto pela matemática e sempre fui excelente aluna até terminar meus estudos. Faço contas de cabeça, quase não uso calculadora e sou muito elogiada, sempre dizem: “ nossa! você é boa nas contas”.

Querido MESTRE, esta lágrima que turva meus olhos são um tributo a todos os professores de antigamente, de agora e sempre! Estou guardando a mesa que serviu para meus estudos, no fundo do coração! Deixando o jardim florido continuar a alegrar nossas vidas, como sempre nos alegraram as flores do lindo jardim de minha querida mãe!

Goiânia, 18 de agosto de 2012!!! Sônia.

Para meditar:

“CELEBRAI COM JÚBILO AO SENHOR, TODAS AS TERRAS” Salmo 100, vrs 1.