É UM VERDADEIRO SACO DE GATOS, “FAMÍLIA BAIANA”.
Em política você não escolhe o candidato dos seus sonhos, até porque o candidato dos seus sonhos, provavelmente, não estaria diretamente envolvido na disputa. Por muitas razões, dentre as quais, medo da exposição e das consequências que a disputa acarreta, falta de tempo e de dinheiro. Assim o seu candidato deve ser o melhor daqueles que se apresentaram, naquele momento. O seu candidato de hoje pode não ser o mesmo de amanhã, mesmo que ainda permaneça, mas desde que o tabuleiro do jogo seja outro, com outras possibilidades. Então, aquele que era o melhor na eleição passada pode não mais ser nessa eleição. Naquela você não tinha outra escolha, nessa tem. É triste que seja assim, mas eu acho que o nosso dever, já que não temos participação direta, é tentar encontrar o melhor do momento para as aspirações do povo. Sem dúvida que isso requer uma linha de coerência, principalmente, para nós que não somos políticos.
No Brasil isso é ainda mais grave diante da inexistência de fidelidade partidária. Os partidos são pouco mais do que um balcão de negócios. O PMDB, por exemplo, que já foi a expressão maior das oposições, é hoje aliado do PT em Brasília, em Ibotirama e do DEM, do PP, etc., em Dias d’Ávila. Talvez porque Gedel Vieira Lima perdeu o ministério, ou por outros interesses menores e particulares que não conhecemos. Rogério Andrade é aliado de Humberto Leite em Santo Antônio de Jesus, depois de perder a disputa para Dalva Mercês. - França Teixeira disse, certa vez, que tudo não passa de um saco de gatos, “família baiana”.
O horário político na TV tem mostrado que todo mundo já esteve junto em algum momento na linha do tempo. Se pensarmos muito nessas coisas vamos nos abster do processo e facilitar a vida dos mais inescrupulosos. Vamos tentado acertar o alvo do melhor na esperança que um dia tenhamos partido político que se dê ao respeito.
Justino Francisco dos Santos
Escritos. Em 24.08.2012.