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Identificando o Centro
 
 
             O grande problema de minha vida, sempre foi a inadequação ao sofrimento. Tanto meu, quanto alheio!
Assim que tive o desprazer de conhecer sua face, ainda na primeira infância, decidi combatê-lo, com todas as minhas forças, para todo o sempre, se necessário fosse...
             Percebi, imediatamente, o descompasso de sua existência. O desalinho de seus gestos e os cadáveres adornando seu rastro. Nunca me seduziu sua melodia apelativa, repetitiva... Extremamente negativa! Obviamente, esta antipatia não me privou de fazer vários tours pelas suas horrendas dependências, no mais declarado desespero... Mas, a cada saída, a cada recuperação, minha convicção em desmascará-lo cresceu. Potencializou-se. Chegou, até mesmo, a se transformar em poesia.
              Meu lado indiano, no sentido de aceitar tudo pacificamente, está mais para a fogo baiano!!! Prefiro a festa agora. O dia é hoje. O momento é agora. Homenagens? Adoro! Mas, em vida. Depois, que me for, dispenso!!! Aceitar qualquer barbaridade, caladinho, nunca foi minha praia. Sempre contestei tudo. Quando não contestei, dancei. Então, agora, faço uma força enorme, pra não deixar passar nada atravessado... Se atravessou, devolvo. Cuspo fora. Não aceito!
              A sensibilidade só passou a me apresentar frutos doces, depois que a submeti ao pensar. Quero saber tudo o que estou sentindo. Quando, onde, por que?! Sua origem: identifique-se. Invadiu-me com que intuito. Confesse, ou será expulso! Não mais me admito uma nau perdida no mar turbilhonado de minhas emoções. De jeito algum! Posso até continuar no mar perdido, mas tenho que saber como fui parar ali... Quero saber o que tenho que aprender com isso. Simplesmente, não descanso até enxergar alguma explicação... Mesmo que não seja completa. Ao menos, uma pista exijo para continuar.
               A grande lição, a maior de todas, que ficou gravada em minha alma foi não tentar enganar o coração. Não fingir que não sente, o que está escrito na testa, ou escondidinho lá no cantinho escuro do emocional, tanto faz... Mas, existe. E, está ali a reclamar, a doer, a ferir, a rasgar, a castrar...!!! Medo algum de rejeição, vale tamanho sacrifício.  Ser o mais fiel possível, ao próprio peito, dentro dos limites do bom senso, lembrando de atender aos ditames evolutivos, é o centro do comportamento aquariano. O resto é adequação. 




Pra terminar, um pouco de lirismo, no link abaixo:

http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/08/identificando-o-centro-solo-inspirado.html

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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 26/08/2012
Código do texto: T3849552
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