"SER OU NÃO SER? EIS A QUESTÃO. III

Domingo, 27 de Março de 2011.

Por que é que as pessoas são tão diferentes, mesmo vivendo quase que do mesmo jeito que umas às outras, aprendendo as mesmas coisas que as demais, fazendo coisas que as outras fazem, enfim, transitando ou gravitando nos mesmos lugares ou regiões, com pequenas diferenças em suas existências?

O que se observa é uma disparidade tal com relação à expressão dessas práticas e talvez seja isso que torne a existência humana uma complexidade sem tamanho.

No aspecto religioso, por exemplo, exige-se que uma pessoa muito adiantada, busque entender àquelas mais atrasadas, relevando suas limitações e falhas, reconhecendo aí o pequeno potencial que elas possuem.

Isso na teoria é quase perfeito. Mas na prática é totalmente impraticável, em função da diferença de ações entre as pessoas. Enquanto uma é lúcida, eficiente e capaz, a outra é limitada, quase inapta e de pouca expressão. Chamar-se-ia a isso de choque de capacidade. Ou diferenciação no potencial humano.

O interessante é que a maior parte das pessoas parece não perceber tais fatos. A convivência entre elas se dá de modo imperceptível nesse aspecto das diferenças. No final o que acontece? Umas terminam levando outras nas costas, como se diz popularmente.

Tal fato se observa na família. Enquanto existe aquele que é lúcido, determinado e resoluto, outros são ineptos, inaptos, muito limitados e vivem, sempre, na dependência do primeiro.

Nestes casos, o que geralmente acontece é que aquelas pessoas nunca têm a percepção do fato dessa dependência. E, em geral, ainda cobram da outra o compromisso de assumi-las, sempre. Imaginem o fardo que esta carrega por tal compromisso?

É óbvio que existe o que chamamos de contra-partidas. Existem aqueles que querem ser sempre o tal, o superior, o líder. Se acham o maioral e querem estar sempre acima dos demais. E fazem questão de carregar o fardo. Em geral, no fim da vida estão em situação não muito favorável, se comparada com os tempos áureos que viveram quando estavam em plena forma. Uns poderiam afirmar que isso é castigo divino pelas práticas presunçosas e arrogantes como sempre viveram em relação aos outros os quais viveram sempre sob seus domínios. Eu é que não vou tomar partido nisso...

No meu caso eu agradeço ao Criador pelas propriedades que me concedeu, fazendo-me não assumir nem a primeira e nem a segunda características aqui citadas. Eu não nasci para carregar ninguém às costas, bem como não permito e nem concedo a ninguém que me carregue.

Me foi ensinado quando jovem que eu não deveria esperar ninguém me mandar fazer o que havia pra ser feito. Eu deveria fazer antes e pronto. E eu, como sempre fui bom aluno aprendi a lição, direitinho.

Infelizmente, no mundo, são poucas as pessoas que sabem tal lição. Inclusive têm aquelas que só andam empurradas, só vão no que chamam de esporro (ou seria exporro?). Sei Lá.

E aqui me surge uma dúvida. Ou curiosidade: por que é que o Criador quando nos fez, colocou essa diferença entre nós?

Quem o souber que me diga...ou explique.

Fico aguardando.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 28/08/2012
Reeditado em 27/02/2019
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