HUMANIDADE, ESQUARTEJAMENTO E PICHUCHUCOS. (Sobre a discussão na ultima sexta feira no programa ENCONTRO de FÁTIMA BERNARDES )

Diante das dificuldades de relacionamento e convivência humana cada vez mais se opta pela relação virtual ou simplesmente viver só. A energia e o desgaste nos embates afetivos parece não fazer jus ao investimento pessoal, encontrando-se assim novas formas de viver sem comprometimentos onde o casamento é revisto e os encontros se dão de novas formas.

Neste mundo novo e globalizado onde a solidão é a companheira inevitavel uma coisa não mudou... Animais de estimação, fieis e leais companheiros que acompanham e fazem mais amena a existencia humana. São descritos desde que se tem noticia de civilizações humanas, mudando de raças em função de localizações geográficas, continentais e culturais.

Leal, carinhoso, fofo, companheiro, amigo são apenas alguns dos adjetivos que utilizamos em meio a muita emoção para nominarmos nossos pichuchucos... Seres que mais que animais refletem atraves da convivência toda nossa humanidade perdida ou desorientada.

Desigualde, intolerancia, fome, preconceito, perversões e destruição ao meio ambiente marcam nossa existencia, onde o proprio ser humano não é valorizado e as poucas relações são descartaveis.

Diante de paradoxos e uma globalização capitalista cruel que nos empurra ao mercado na ansia de sanarmos nossos anseios mais profundos a propria existência entra em choque. Assim encontramos animais domesticos que recebem tratos afetivos e cuidados pessoais que superam em muito a condição de falta de estrutura dadas à seres humanos abaixo da linha de pobreza. Sendo encontrados animais que recebem de seu dono investimento financeiro maior do que gasta uma familia inteira de classe media alta.

Diantes de tantas informações, distorções e mudanças comportamentais não há como julgar quem quer que seja com insenção, parafraseando a biblia “Não julgue para não ser julgado”.

Apesar de fazermos parte de uma coletividade onde a cultura rege muito do nosso comportamento, indubitavelmente também somos seres individuais e cada um reage de uma forma diferenciada diante de estímulos externos.

Após vários fracassos em relações, nem todos tem disposição para de modo empírico, continuar um jogo que parece um eterno tentativa e erro, erro e desacerto, mesmo sabendo que as responsabilidades pelo sucesso ou fracasso devem ser divididas por dois. Para um casal, filhos também trazem um alto custo pessoal e muitos optam por pets que apesar de uma vida mais curta , como cães e gatos, são muito mais independentes que qualquer criança humana.

São vários os caminhos que levam a se ter um bichinho de estimação e a eles dar e receber muito carinho. Como toda regra há exceções, noticias sobre maus tratos à animais são cada vez mais comum nos noticiários, casos como o da enfermeira de Goiânia, que espancou até a morte seu indefeso yorqueshaire assombram, mais a situação fica até amena quando lembramos que a enfermeira em cheque é dá mesma raça humana onde jovens brasilienses queimaram um índio até a morte e recentemente se deu o esquartejamento de um empressario por sua jovem esposa também dita racional. Ficando claro que o que é considerado ser humano precisa passar por serias revisões de valores.

Diante de todos os problemas enfrentados pela civilização moderna, seja com um alto investimento ou até para aquele que mora em um simples casebre, nada se compara a sermos recebidos em casa pelos nossos bichinhos queridos, pulando, abanando seus rabinhos, lambendo-nos em pura demonstração de felicidade, em espetaculo único de afetividade apenas por que chegamos em casa. Percebemos que de uma forma etológica os animais de uma forma geral, são afetivos e doceis com seus pares e até com outras raças. Resta tentarmos descobrir em que momento e quais tem sido os fatores que vem através dos tempos afastando o ser humano da natureza, perdendo a naturalidade e a capacidade de dar e receber afeto, e quem sabe um dia poderemos balançar nossos rabinhos etéreos, lambendo sem pudor em felicidade e alegria amigos e desconhecidos apenas por nos afagarem com ternura.

ANDRIZ PETSON VELLOSO GUIMARÃES.

Dedicado a MEL, minha companheira e amiga, cadelinha Chow Chow pela passagem de seu 1º ano.

Andriz Petson
Enviado por Andriz Petson em 29/08/2012
Código do texto: T3855039
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.