O lobo escondido no interior de todos nós!

Semana jurídica na Universidade ‘rolando solta’...

Ministradas várias palestras abordando assuntos dos mais diversos que versaram sobre responsabilidades civis, novidades implementadas no diversos códigos que ditam as normas reguladoras dos procedimentos gerais no país, novo código penal que está sendo elaborado, citações e abordagens acerca da norma maior existente, a constituição federal de 1988, a carta magna de nossa nação!

Imiscuídas dentre os diversos aspectos jurídicos, aqui e acolá, falas relativas a procedimentos suscetíveis à égide jurídica.

Alguns aspectos inerentes aos procedimentos inerentes a um comportamento social foram amplamente expostos por palestrantes altamente gabaritados em suas respectivas áreas de atuação, sempre procurando enquadramento nos aspectos jurídicos que norteiam e visam um ‘pseudo’ perfeito andamento da paz e respeito às normas de uma boa convivência no seio da sociedade como um todo.

Em especial, chamou atenção palestra que abordou casos de criminalística e suas consequências perante a justiça.

A palestrante, figura de muito renome e prestígio, com enorme experiência, que agrega conhecimentos teóricos e práticos, relatou vários casos nos quais atuou juntamente com competentes órgãos policiais na tentativa de elucidar o porquê da ocorrência de atos violentos ocorridos.

Casos de extrema repercussão até fora do país foram apresentados e analisados sob a ótica da criminalística pela excelente expositora.

Foram apresentados vários casos notórios amplamente divulgados pela mídia, alguns que causaram verdadeira comoção, revolta e indignação no seio da população.

Com participação ativa na análise das ocorrências, a notória expositora relatou, visando mais as estatísticas e o lado humano sob o qual enxergava o procedimento daqueles executores dos crimes.

Apresentou, desta forma, trechos de vídeos nos quais entrevistava alguns personagens, autores de massacres, assassinatos em série, estupros, violações, etc. que envolveram adultos e vulneráveis...

Via de regra, segundo o enfoque dado pela palestrante, o ódio interno desencadeado pelos assassinos contra suas vítimas provinha de reminiscências, que traziam guardadas de épocas remotas, tais como: abusos sofridos na infância e/ou na adolescência, tanto em âmbito sexual quanto em discriminatórios devido à raça, etnia, religião, cor, etc.

Casos como o do atirador do cinema no Morumbi, da chacina de estudantes em Realengo-RJ, do maníaco do Parque do Estado, do assassino alcunhado como ‘Chico picadinho’, do tarado do Parque Trianon, do vampiro de Niterói, do trio de canibais de Garanhuns foram detidamente comentados.

Do alto de sua tremenda experiência e inquestionável competência, a palestrante avaliou, com base nas entrevistas por ela efetuadas com os assassinos, os sentimentos externados, afirmando que apesar da tremenda repulsa que se apresenta o fato de, tomando como exemplo, o vampiro de Niterói que sorvia o sangue de suas vitimas, analisou sob o ponto de vista humanitário e conseguiu separar do aspecto bestial dos procedimentos por ele levados a termo, o lado humano que ainda havia embutido em seu ser!

Alegou a respeitadíssima criminalista que conseguiu ‘enxergar’ em certas falas, no choro de alguns depoimentos e na tremenda demonstração de amor à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos e até a alguns amigos ‘do peito’, que ainda havia algum resquício de humanidade naquele ser.

Com rara felicidade, a preparadíssima conferencista encerrou sua exposição citando José Saramago:

“SE TENS UM CORAÇÃO DE FERRO, BOM PROVEITO. O MEU, FIZERAM-NO DE CARNE, E SANGRA TODO DIA!”.

HICS
Enviado por HICS em 30/08/2012
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