A ARTE DE AMAR E NÃO AMAR

Sou safado sim, sou escroto sim, sou mulherengo sim. Não sei por que me criticam. Porra! Eu optei ser solteiro pra isso. Optei não me relacionar com ninguém por saber que sou assim e por saber que não tenho o direito de fazer ninguém se lascar por culpa minha.

Pior quem é assim e ainda namora, casa, se relaciona, jura amor eterno e ainda tem coragem de dizer "EU TE AMO"... Tanto homem quanto mulher.

Nas vezes que me relacionei, no decorrer do relacionamento abandonei tudo isso: canalhice, escrotice e raparigagens. Porém, vejo que não dá pra mim essa coisa de jurar fidelidade eterna.

O instinto humano e animal são fortes, mas emoção e a cultura, sobretudo a cultura inventada, são mais fortes ainda.

Porém, graças a DEUS, minha humana racionalidade sempre venceu minha emoção ilusória; eu sempre troquei a ilusão pela realidade.

Fico com pena, muito pesaroso, quando alguém pensa que sou seu prisioneiro e que não posso sair daqui para ali sem avisar a ela, só porque eu disse que a amava. Quanto egoísmo.

Fico triste quando alguém me escraviza porque diz que me ama. E dai?

Me dói saber que alguém quer me acorrentar em sua baixa estima. Dói muito ver minha liberdade acorrentada em troca do pavor da solteirice.

Fiquei sozinho várias vezes, em vários locais, em várias situações, e nunca morri por causa disso. Ninguém foi capaz de me matar por causa disso. É como bem questionava Benito Barros: “Quantas vezes você ficou só? Quantas? E quantas vezes você sobreviveu? Quantas?”

Não existe amor, o que existe é o medo da solidão.