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Negociações em Andamento 
 
 
 
                               Estou estabelecendo novas alianças com a vida. Desentendemo-nos, seriamente, neste ano. Houve ruído brabo em nossa comunicação. Ela me mandou uns sinais, que custei a identificar. Acabei me atrapalhando todo. Quase perdi a frequência... Entrei em curto! O mar teve que apagar o incêndio de meu inconformismo. Também, pudera! Era tão improvável a mensagem. Passei os olhos, várias vezes, por ela, sem reconhecer que era pra mim. Não me achava pronto. Parecia a última hipótese, a ser considerada. Talvez, daqui a uns dez anos... Não! É pra agora! Pra já! E, inegociável!!!
                   Então, resolvi parar de espernear, de me debater, pra embarcar logo nesse trem doido de lucidez ao extremo. Ai, ai! Tenho até dó, do estabelecido. Eu não tenho mais nada a perder, então, a ideia é botar pra quebrar. Botar a boca no mundo, para denunciar toda forma de hipocrisia, de manipulação, de covardia, de MENTIRA, que cruzar meu caminho, mesmo sendo on line.
                   Mais um ano nos braços da floresta, para aprimorar a percepção e expandir o coração. Não tem importância, a atualidade não se assemelhar, exatamente, com meus sonhos, em muitos pontos. Em outros, ela me ultrapassou em ousadia. Estava berrando aos sete ventos que nada havia dado certo. Equivoquei-me! Meu ofício, a seu modo, tem me proporcionado um reconhecimento inesperado. Sinto-me cada vez melhor, escrevendo. Sei que, como ser holístico, estou crescendo. Por sobre as mazelas do homem, o poeta caminha em direção à luz, convictamente.
                   Talvez, nunca vá conhecer o sucesso do sistema, por lutar, exatamente, explicitamente, contra o próprio. Esculhambá-lo é a minha meta. Ridicularizá-lo! Reduzi-lo a pó!!! Em seu lugar divulgar um jeito de viver, que se aproxime, um pouco mais do humano, através da volta imediata ao respeito à natureza. Respeito ao universo, à Criação, começando pelo semelhante. Quando vejo um irmão se iludindo, mentindo a si próprio, sofro miseravelmente, irremediavelmente. Sou guloso. Quero todos sob a luminosidade, saboreando o aconchego do infinito.
                   Tanta gente atravessou, atravessa a existência, sem perceber coisa alguma, com relação à altura... Isso tem que acabar. Todos nós teremos que nos voltar para a eternidade. Felizmente! Inevitavelmente! Pois, que assim seja, o mais depressa possível!
 




Não acaba aqui, não! - Tem poesia e música no link abaixo:
http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/09/negociacoes-em-andamento-todas-as-redeas.html

 
 
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 03/09/2012
Código do texto: T3863426
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