Nosso amor estilo “Guerra Fria”

Já sentiste a sensação de ser, mesmo não sendo mais nada?

Ser como uma antiga superpotência, cheia de ideais e repleta de planos inconsolidáveis e sonhos indignos, contrastando-se com outra gigante, essa sim sólida e invariável, certa e “sempre certa” de si e suas escolhas, mesmo que estas sejam duras e destrutivas à muitas cercanias sentimentais.

Já viveste uma relação cheia de falácias, ameaças, escusas e planos de ação sem ação?

É sempre uma riqueza de propostas, uma abundância de preparativos teóricos, entretanto, o ansiado movimento prático de posicionamento e atuação jamais acontece, pois falta atitude e veemência de ambos os lados.

Enquanto um diz-se esgotado, preparando-se, o outro esgota-se aguardado a consolidação dos preparativos, e nesse ínterim, um lado mantém-se na rotina da vivência, ouvindo que não vale a pena agastar-se, uma vez que o outro lado é ogro e brutal, ditador que tende a exigir sem saber esperar. Em contrapartida, o outro lado declina-se em seus próprios anseios, e ouve que não vale arrenegar-se angustiado, porquanto a outra margem não apresenta o mínimo de preocupação e interesse em resolver a demanda.

O fim desse conflito não me parece adequado! Historicamente, alguém declina e some, desfigura-se, esfacela-se enquanto o opositor se sobressai, e, sinceramente não espero que nenhum tenha que sumir, porém, que ambos consigam erigir-se em direção ao verdadeiro e ao simultaneamente bom.

Penso que é momento de transformar essa relação de sentimento “Guerra Fria” em algo prático e materialmente quente. Costumeiramente chamam isso de atitude e iniciativa, chamam isso de Vontade... Desejo!