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PALAVRAS  OBSCURAS...

Qual o objetivo perseguido,quando se usa de subterfúgios literários,usando a língua morta, ou a linguagem arcaica para se expressar os sentimentos, ou mesmo se declarar a uma mulher, que está distante sem ser ás claras, ou seja, usando-se o bom e propalado português,ou mesmo a linguagem coloquial...
Qual o motivo de se insistir em pesquisar palavras do português de antes de Camões, que há quase cinco séculos ninguém conhece, salvo se procurar nos famosos dicionários concisos da Língua “portuguesa”.
“Estes dias um ministro do Supremo Tribunal Federal, criticou á um de seus colegas por abusar do” Juridiquês “ao se referir aos possíveis Crimes usando palavras em Latim”, sendo que os pareceres e julgamentos estão sendo transmitidos á toda população brasileira, e é de praxe, que todo brasileiro entenda os trâmites em bom tom e que saiba decifrar as palavras dos nossos Ilustres magistrados-mores sobre os fatos narrados, sem que cada cidadão precise recorrer ao dicionário em tempo real!
Isto eu li e recebi como um ponto positivo, sendo que todos nós temos o direito de “estar por dentro” De todas as etapas e atos, em todos os aspectos legais de como a coisa vai ficar para os tais “acusados” que ainda tentam espernear para provar que são pobres inocentes e “meras vítimas das circunstâncias” e das armações inimigas para destruir as suas “Pobres” vidas.
Semelhantemente, na literatura corrente, onde se inserem Nove PAÍSES LUSÓFONOS,deve-se ser claro na escrita,e se quiser  alcançar um número considerável de pessoas  “Interessadas” em nos ler e para que  gostem do que lêem;pois não há muita gente com”saco” para decifrar hieróglifos,palavras obscuras e ininteligíveis á primeira leitura,palavras ambíguas e polivalentes,que podem dar duplo sentido ao que se escreve...
E não me venha dizer que é licença poética, pois me parece mais falta de ética para com o leitor, que anseia por uma boa e relaxante leitura e se depara com textos extraterrestres, numa linguagem quase inumana, parecendo aqueles  que se perderam na história, e que  hoje precisam ser restaurados em museus, por especialistas museólogos, que fazem estágios para aprender um pouco mais.
Pensemos irmãos escritores e poetas. Usemos sim a linguagem culta, mas não abusemos de termos em desuso, que “insulta” a inteligência de nossos leitores. Pois afinal para quem escrevemos?
Para nós próprios, ou para que se possa compartilhar com o maior numero possível de leitores em todas as partes do mundo?
Que tal nós, começarmos a nos questionarmos á nós mesmos e fazermos uma análise reflexiva  tentando  pensar como o leitor?
Lá do outro lado do vídeo do PC, ele claro que está interessado e querendo nos ler?
Afinal, de novo eu pergunto: para quem nós escrevemos?
E se a resposta for para ninguém, escrevo para mim...
Eu nem sei o que responder á quem pensa assim...
Abraços e uma boa semana!@
Dely Thadeu Damaceno