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Todos Somos Necessários 
 
         Mesmo antes de ter acesso a alguns poucos conhecimentos místicos, ocultos, transcendentais, sempre acreditei que cada macaco tem seu galho. Sempre acreditei que há lugar para todos, dentro da dignidade. Lá atrás, era mais uma utopia longínqua, que eu apreciava. Agora, tornou-se uma crença palpável.
         Estou certo e seguro de que ninguém está aqui à toa. Nem aqueles que se pensam “estorvos”. Raciocinem comigo: se alguém admitir que está sobrando, que não tem realmente propósito algum, perante o Grande Plano, então estará admitindo também a falibilidade do dito Plano Supremo. Sim, porque deixou vir ao mundo alguém inútil. O inútil é pior que o ruim. Este, ao menos, tem, ou teve (espero) seu papel.
         Sinceramente, não penso ser possível um deslize desses. Depois que tive a lucidez de cometer a loucura de morar junto ao mar, isto ficou bem claro em minha pele. Imaginem: a força que criou a beleza da Serra do Mar, das ilhas de Paraty, do mar de Itacaré... ai, ai!!! Só pra citar aqui, os lugares em que morei, moro e morarei!!!  Mas, puxa, o planeta todo é absurdamente lindo. Desde os desertos, até os polos... Só não enxerga, quem não quer ver. Esta força que criou além de nosso amado e (ainda desafortunadamente judiado) planeta, não ia dar uma mancada dessa. E se olharmos para o universo, então... Aí, mesmo é que não dá pra aceitar um equívoco tão injustificadamente cruel como esse.
         O que não impede que estejamos todos enrolados com nossa própria evolução, por termos adorado o nada, o vazio, o fútil, o inútil, o ilusório, o passageiro, o imediato a qualquer custo! Concordo que existem milhares de criaturas, existindo sem qualquer vestígio de consciência cósmica. Mas, nesse caso, como disse acima, é questão de estágio evolutivo, não de obra defeituosa. Percebem a significante diferença.
         Estágio evolutivo com conhecimento e afeição se conserta. É questão de boa vontade de todas as partes envolvidas. Estamos saindo de uma era caracterizada por punições, cujo resultado não está agradando em sentido algum. Ao invés de punir o adulto violento, é preciso cobrir a criança com carinho e conhecimento. Bem orientado e bem alimentado afetivamente, reduzem-se bastante as chances de desatinos.




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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 16/09/2012
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