Eu, racista?

Às vezes chego a ficar triste com a ignorância das pessoas. Sinto-me intensamente desencorajado a discutir com ignorantes, não que eu não seja um, mas existem alguns que conseguem ultrapassar tudo o que é aceitável.
No dia 30 de abril deste ano escrevi em meu site um texto em homenagem a mulher brasileira, já que naquele dia é comemorado o dia da mulher brasileira.
Agora pouco recebi um comentário neste texto, assinado por Maria Francisca, que tenho certeza que não é nome do comentarista, já no e-mail tem outro nome, mas tudo bem, dizendo o seguinte:
“Jonas Martins, como você é racista e considerado/a inferior. Como é possível não referir-se ao que as mulheres negras têm de bom e o legado que deixou à genética brasileira!... Porque você continua a pensar que os negros são seres inferiores e não legaram nada à humanidade?! Francamente. Como você é atrasado/a nas suas concepções.”
Agora vou citar para você a parte do texto em que cito algumas etnias que formam o povo brasileiro:
“A mulher brasileira possuí uma beleza que nenhuma outra no mundo tem, um pouco devido a nossa mistura de raças, que deu a mulher brasileira somente o que de melhor há nas alemãs, índias, italianas, gregas, árabes, francesa, asiáticas e a negra, que herança de beleza nos deixou o sangue da terra mãe. Eu diria que Deus inventou a mulher e depois que aprendeu a fazer, fazendo pelo mundo a fora, quando já estava especializado inventou a brasileira.”
Bom como vocês meus amiguinhos leitores podem ver, eu não só citei a mulher africana como fiz uma pequena e tosca referencia a ela. O que isso tudo me prova que esta criatura que me chamou de racista, no mínimo não sabe ler ou então não aprendeu a interpretar o que lê.
Já fui chamado de pedófilo por causa de um conto onde criei uma relação de amor entre uma menina de dezesseis anos e um homem de quarenta e cinco. Fui chamado de homofóbico, quando disse que não interessa o sexo da pessoa, o que interessa é seu comportamento e seu respeito para com os que estão a sua volta. Já fui chamado de corrupto, quando disse que infelizmente os male feitos da corrupção são necessários para uma formação política do cidadão. E agora fui chamado de racista, sem saber bem o motivo.
Já estou acostumado com este tipo de opinião, mas fico chateado quando sou chamado de racista, porque dentro de minhas veias corre um sangue autenticamente africano.
As pessoas que me conhecem e conhecem a família sabe que minha mãe é filha de um descendente de africano legitimo e que meus bisavôs vieram para este país em um dos últimos navios negreiros a ancorar na costa brasileira.
Também quem me conhece mais a fundo, sabe que minha segunda mãe, Dona Catarina, é orgulhosamente negra, e que mais do que isso é uma das pessoas que mais amo no mundo e de quem tenho um orgulho que mal cabe em meu peito.
Então, lamento informar, racista não combina muito comigo. Mas sigo te dando toda a liberdade para me chamar do que quiser, afinal de contas o que conta mesmo, é a sua visita no meu site e os meus livros na sua prateleira.
Jonas Martins
Enviado por Jonas Martins em 18/09/2012
Reeditado em 19/09/2012
Código do texto: T3888606
Classificação de conteúdo: seguro