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Mesmo que Demore
 
 
 
         Em um específico sentido, estou cada vez mais felino: só ajo no momento certo. Mesmo que demore... Fico ali, me espreguiçando, um pouco reclamando, pra disfarçar... Mas, no fundo só matando o tempo, enquanto aguardo a configuração ideal para a ação.
         Pra mim é uma vitória olímpica. Ninguém imagina o grau de ansiedade em que vivi a vida toda. O tempo sempre me foi um problema. Hoje, tenho que trazê-lo como amigo íntimo. Dependo dele para a realização de meus projetos, cada vez mais empolgantes. Já me desgastei em demasia. Não posso mais. Tenho que aumentar e elevar a energia para materializar tanto a “Trilogia Sideral” (composta de três volumes, sendo que o primeiro “Txai” a ser lançado, provavelmente, em dezembro); como o “Teatro da Nova Era” (onde pretendo deflagrar o movimento “Vida Alta”, através de um espetáculo de teatro, que, em verdade, é um Manifesto Lírico Teatral: “Vida Alta”. Adaptação do livro para o palco).
         Precisarei estar inteiraço, em todos os sentidos, para realizar estes voos tão altos. As pessoas certas, como já lhes disse, estão chegando. Seria impossível pra mim, realizar tudo sozinho. Só a disciplina de ator, já seria de enlouquecer. Para subir ao palco é preciso atender a uma lista de exigências, da própria consciência, para realizar um trabalho tão sensível. Desde dieta, exercícios físicos (malhando pra valer), muita meditação, em lugar de muletas... Ai, ai! Só mesmo por muito, muito amor à arte!!! Exercícios vocais, de postura. Tudo isso enquanto vou decorando o texto, que graças a mim mesmo, são looongos... Não sei pra que escrever tanto!!! Questiona o ator ao poeta, que ri refestelado na cadeira de diretor.
         Sim, vou dirigir o espetáculo que escrevi... Coisa de leão com ascendente em leão. Perdoem-me! É-me inevitável. Contei-lhes que estou compondo as canções? Acho que serão quatro... Duas já estão bem adiantadas. Detalhe: componho cantarolando. A anta que vos fala, não aprendeu qualquer instrumento. Sempre achei que iria cantar. E, nunca gostei de cantar parado...
         Os atores, que estou tentando que sejam quatro, farão aulas de percussão, junto comigo. Todos tocaremos durante o espetáculo. Sendo de minha autoria, obviamente terminará em sambão rasgado!!! Daqueles em que se perde completamente, a compostura...
         Por outro lado, já está aparecendo a assessoria formal, para a redação do projeto para o Governo do Estado da Bahia. Já tenho também quem cuide da produção física. O palco será de bambu e os instrumentos reciclados. A iluminação, a mais discreta possível, para não ofender à floresta: mãe do projeto. Tudo foi escrito, idealizado, aqui, para ser apresentado aqui. Vejam, meus amigos, a força da poesia deste lugar.




O término, em poesia, imagem e música:
http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/09/mesmo-que-demore-apenas.html
 
 
 
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 19/09/2012
Código do texto: T3890333
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