ENCONTRO
Como é bom sonhar e poder acompanhar a lenta desintegração da aparente impossibilidade desse sonho! Eu sonhava com o dia em que tocaria a ternura do seu olhar... eu sonhava em beijar a meiga plenitude do seu sorriso... eu sonhava com o dia em que abraçaria todos os seus medos, angústias, desencantos, decepções...
E tudo parecia tão distante... tão irreal... tão impossível... Corações magoados, desiludidos, desencantados... não se deixam arrastar pelas correntezas de palavras vagas, soltas, desprovidas de um olhar e de ações que as tornem concretas e verossímeis. O coração até se deixa impressionar, se sobressalta, bate no descompasso da necessidade de novamente amar, mas... a alma, desconfiada, paira acima de toda e qualquer forma de afetividade precipitada.
O coração quer ceder e incendeia de desejo o olhar... porém, a alma decreta o tempo das esperas...
Vivi - num misto de ansiedade e tristeza - a incerteza da espera... mas não arredei pé da intenção da conquista, pois bem sabia do amor que trazia dentro do meu peito; sabia, acima de tudo, que somente sobre você eu queria e iria derramar esse amor. Vencida pela força do meu olhar, pela magia do meu sorriso e pela sensibilidade das minhas palavras... houve o encontro... e você se revelou ...- momento de magia inexplicável!
Eu ensaiei tanta coisa bonita pra te dizer, mas diante de sua selvagem beleza eu me despi das palavras, das roupas ... e deixei que o meu corpo - esquecido no seu - falasse da sua importância em minha vida!
Alexandre Brito - 24/09/2012
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