"O VENTO QUE VENTA LÁ, VENTA CÁ !"

Terça-Feira, 12 de junho de 2012

"O VENTO QUE VENTA CÁ, VENTA LÁ !"

Um dia desses, conversando com uma pessoa, abordei um determinado assunto. No decorrer da minha explanação ela manifestou-se contrariamente ao que eu desenvolvia, retrucando que não gostava daquele assunto porque este se referia à uma determinada pessoa muito conhecida e contra argumentou dizendo o seguinte: "Não gosto disso porque quem sou eu para julgar alguém?". O assunto referia-se

à pessoa pública e não possuía nenhum segredo do qual muitos já não o soubessem, Confesso-lhes já ter ouvido tal frase bastante vezes. E tenho uma posição a respeito dela. Penso que tudo o que uma pessoa afirmar ou declarar, deve ter consciência do que e como o faz. Mas não deve ter preocupações com o que essa ou aquela pessoa irá pensar do que foi dito ou afirmado, guardando a devida cautela para não cometer injúria, calúnia ou difamação porque, todos sabemos, infringe a lei.

De outro modo, penso que uma pessoa que usa essa frase, exime-se da responsabilidade em afirmar coisas determinadas em relação a alguém ou fato, demonstrando não ser capaz de encarar esta ou aquela situação que lhes requeira compromisso com a verdade, seja ela qual for.

Ora, não se vai sair por aí dizendo coisas sem nexo. Mas não dá para se ofender ou isentar-se de aceitar (ou entender) sobre assuntos que envolvam alguém, que sabemos não corresponder com a seriedade que devemos ter para com todos ou tudo. Afinal, vivemos todos no mesmo barco dessa vida e sabemos muito bem o que é certo ou errado, mesmo que não assumamos as nossas responsabilidades nem os compromissos com a verdade necessária.

Então, particularmente, não conjugo o mesmo verbo com as pessoas que tenham a característica de querer ficar bem com todo mundo, lembrando aquela famosa afirmação popular que diz: "Acender uma vela para Deus e outra para o diabo".

Por isso, lembrei-me de uma frase proferida por um intelectual chamado George Orwell que diz: " Se liberdade significa dizer alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir".

E aproveito para sugerir às pessoas que se enquadram nesse "não querem ouvir" para que analisem com profundidade que, do mesmo jeito que elas possuem o direito de não ouvir o que não querem, o outro tem o direito de dizer o que elas não querem ouvir.

E estamos combinados.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 29/09/2012
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