AS TRAGÉDIAS NOSSAS DE CADA DIA

Quarta-Feira, 13 de junho de 2012

AS TRAGÉDIAS NOSSAS DE CADA DIA

Nesses últimos tempos não tenho tido vontade de falar em fatalidades. Mas o nosso cotidiano está repleto delas e quem fica focado no que acontece diariamente e toma conhecimento através da imprensa em seus vários veículos de divulgação, não sairá imune desse mar de coisas ruins que acontecem por aí.

Lastimavelmente, quase ao final da noite de terça-feira, um acidente grave aconteceu na Avenida Brasil, na altura do bairro do Caju, no Rio de Janeiro, onde um motorista imprudente e irresponsável, perdeu o controle do veículo que dirigia, invadiu a calçada próximo a um ponto de ônibus, e chocou-se com um muro, destruindo parte dele, mas atingindo pessoas que estavam ali, causando a morte de cinco e ferimentos em mais de vinte delas.

Num tópico há dias atrás, fiz o registro do modo como tenho observado o desempenho dos motoristas de ônibus na cidade nesta cidade, registrando naquela época que os mesmos estão agindo de forma violenta, inconsequente e irresponsável, sendo que afirmava ainda que eles parecem querer passar por cima dos outros carros nas vias onde trafegam.

Também já havia enviado ao Jornal Do Brasil e ao O Globo, um tópico que desenvolvi sobre esse assunto, onde explicava as observações e idéias que vinha constatando com relação ao tráfego, bem como aos procedimentos e condutas dos motoristas de ônibus messa cidade. Está para quem quiser ver, caso eles tenham mantido em arquivo a minha correspondência a eles dirigida a respeito desse assunto.

No entendimento que eu tenho das coisas da vida, vejo com muita tristeza tal episódio, porque raciocino que todos somos culpados dele. Uns por ação e outros por omissão, conforme já coloquei em outros tópicos.

O que eu quero dizer é que as próprias pessoas que viajam nesses coletivos urbanos, têm que fiscalizar e cobrar dos motoristas um comportamento racional. não permitindo que eles façam o que bem entendem, colocando em risco as vidas das pessoas dentro dos ônibus.

Há a necessidade das pessoas se manifestarem, sempre, quando verificarem má conduta ou irresponsabilidade desses profissionais quando em seus exercícios na função. Se as pessoas, por várias razões, não o fazem, eles se acham os senhores da situação, aí é onde as fatalidades acontecem.

Ao mesmo tempo, a fiscalização tem que se fazer presente de forma direta, objetiva e constante, para coibir tais procedimentos dos motoristas, evitando que as tragédias aconteçam, como essa de ontem.

Agora, é um tal de crítica, sem que ninguém consiga resolver a questão de forma absoluta, e coloque as coisas nos eixos, para que outras pessoas não sejam vitimadas e suas famílias não tenham que chorar os mortos lá adiante.

Por fim, quero deixar aqui registrado uma última observação do que ando verificando no universo de transporte de passageiro através de ônibus na cidade do Rio de Janeiro: Os motoristas atuais, em grande parte, são pessoas em idades variando de 20 a 25 anos, sendo que, dentro de um critério que possuo, penso que o profissional nessa área deve estar numa faixa de idade entre 35 a 55 anos. E, com isso, eu não quero dizer que mesmo dentro dessa faixa de idades não tenham pessoas inconsequentes e irresponsáveis, também. Mas a experiência de vida é muito importante para que um profissional atue com responsabilidade naquilo que faz e este tipo de serviço assim o exige.

De resto, é aguardar um novo acontecimento desses.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 29/09/2012
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