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Ela em Mim  
 
 
         O que me salva, o que sempre me salvou, é esta relação escancarada que tenho com a vida. Ela me sabe. Só ela! A grande companheira, a única cúmplice. Quantos momentos, simplesmente, irrepreensíveis, tivemos juntos. Palco, amor, natureza são testemunhas de nosso inesquecível espetáculo. Arrepiantemente romântico, obviamente. Sei, que ainda alguns punhados destes presentes, em forma de vivências, virão. Não me importa a quantidade. Até hoje, nossa característica, de nossa história, tem sido a qualidade. Já lhes disse, mais de uma vez, que vivi cenas que a ficção ainda não captou. Algumas no sentido ruim, mas a maioria na tão sonhada formatação. Coisa dos deuses.
         Como sempre fui, extremamente, inseguro, entramos em atritos feios, inúmeras vezes. Ameacei abandoná-la, várias vezes. Ainda hoje, nosso contrato é bastante delicado. Nenhum dos dois pode deixar de cumprir as cláusulas em vermelho!!! Condições inegociáveis para uma saudável convivência. Nada de exótico. Apenas, o basicão: respeito, dignidade e carinho!
         Sei muito bem, que por trás de todas as tragédias que me atravessaram, estava ela, pronta para entrar em ação no último instante, caso eu, de fato, não mais aguentasse. Foi sempre assim. Converso com ela, como se fosse uma entidade. Discuto, mostro a língua... Mando a m...! Puxo a orelha. Grito com uma fúria inimaginável, quando vejo nosso acordo sendo quebrado.
         Depois da tempestade, fazemos as pazes. Trocamos juras e carícias, em nada etéreas. Amo-a com todas as minhas fibras. Sei que ela me ama mais. Tento compensar devotando-lhe o melhor de mim: a inspiração, a paixão. A positividade irrestrita no exercício de meu ofício. O melhor de tudo que já vivi. Razão pela qual continuo vivendo em alto voo, sem direito a pouso.




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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 29/09/2012
Reeditado em 29/09/2012
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