Voltando ao Passado
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Quando a gente completa meio século de vida nesta estrada a gente acha que já viveu de tudo, que já conhece de tudo, que é experiente e que tudo sabe, puro engano, pois existe pessoas que vivem cinco, seis, sete, oito décadas e nada aprendem, nada sabe da vida e por mais que Deus diga que aqui é um aprendizado eles não querem aprender e acabam vivendo por viver, voando no tempo, semeando discórdia, semeando egoísmo, magoando e usando as pessoas, fazendo guerras desnecessárias e se achando os donos da verdade.
Tem pessoas que está abraçada com a felicidade e não sabe. E por não saber deixa seus amores de lado buscando alegria de outras maneiras, buscando realizações profissionais, buscando, buscando, pois o que querem é buscar, a grande maioria nunca se realizam. Muita gente não sabe o que é acordar, olhar do lado e ver que seu amor partiu, que a dor invadiu sua alma e que o reencontro será depois de alguns anos num lugar que chamam de paraíso. Quanto pai e quanta mãe reclama por ter que atender um filho numa hora imprópria, quanto filho vive cheio de compromissos e não tem tempo para os pais, quanto homem e quanta mulher trocam os carinhos do amor por uma TV ou por um computador...quantos? quantos? E a vida passa e o tempo não volta, os minutos voam, hoje é outubro, amanhã já vem o Natal e a vida continua correndo e o tempo avançando e muitos perdendo tempo. E nessa corrida do tempo eu olhei pra trás e lembrei da minha infância, uma infância feliz onde todos faziam suas refeições juntos, todos assistiam TV na sala, pois naquele tempo ninguém tinha TV nos quartos, ninguém tinha Computadores, nem celulares.
Nós crianças brincavamos na rua, brincadeiras que nos enchiam de alegria. Passa anel, esconde esconde, brincadeiras que as crianças de hoje não conhecem. Aula de música nas escolas Estaduais, aulas de Francês, Religião, era tudo muito diferente. E nessa volta ao passado percebemos que a felicidade ficou lá atrás, naquele tempo onde viviamos a alegria de ser criança, sem pensar nos compromissos, pois eramos crianças e os pais pensavam por nós e nos deixavam livres para viver nossa felicidade. E bate a saudade de rever aqueles amigos, bate a saudade do que foi vivido e que jamais voltará. E nessa volta ao passado só nos resta relembrar e continuar vivendo com o coração tatuado pela alegria de ter vivido uma infância feliz.
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Jane Rossi