DIA DO IDOSO

Hoje é 1º de outubro, Dia Internacional do Idoso e também o Dia Nacional do Idoso, (instituido pela Lei 11.433/2006). Para a legislação brasileira, idosa é a pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

Ando lendo bastante sobre o envelhecimento e a quantidade de velhos que andam dando bandeira por aí. E concordo com a Cartilha do Sesc, quando diz que "o Brasil está envelhecendo". Imagine você que em 2025, seremos o sexto país mais velho do mundo, o que significa que, um em cada quatro brasileiros terá mais de 60 anos! Tudo indica que em poucos anos teremos mais idosos do que crianças no planeta. Já viu né.

Claro que o aumento da longevidade é uma conquista social, mas por outro lado, o envelhecimento populacional é visto com preocupação pelos especialistas, porque acarreta milhões de mudanças nas demandas atendidas pelas políticas públicas, e apresenta novos desafios para o Estado, a sociedade e para a família. E isso é um problema gigante, porque se os velhos perderem a autonomia em razão das doenças da velhice, o que será da sociedade? O que será das familias desse contingente de dependentes?

Segundo a Gerontologia, (ciência que estuda a velhice e o processo de envelhecimento), a autonomia dos idosos está diretamente ligada à boa saúde e ao envolvimento ativo ao longo da vida. Pois é. Mas como manter um envelhecimento ativo? Aí é que são elas: isso tudo custa dinheiro. Grana, muita grana. Quer ver? Precisamos de saúde, porque sem saúde não há qualidade de vida. Temos que ter oportunidade de participar da sociedade, estudar, ir ao cinema, etc. e sem saúde, nada feito, impossível a tal de participação ativa na sociedade. Disso resulta que precisamos de um sistema de proteção: temos que ter segurança para contrapor as perdas que sofremos ao longo do envelhecimento. É mole? Mas ainda falta uma coisa, temos que ter um treinamento contínuo, aprender novas habilidades, novos conhecimentos, caso contrário, aos 60 anos qualquer pessoa estará obsoleta!

E o dinheiro pra sustentar tudo isso? Bom, aí entram as políticas públicas.

Então gente, festejemos o nosso dia, mas sigamos lutando para que as políticas públicas voltadas aos idosos, não fiquem só no papel e sejam de fato implementadas para que a qualidade de vida -- com autonomia -- atinja toda a população. Lutemos para que o Estatuto do Idoso seja cumprido em sua totalidade. Até porque, os ricos, além de ficarem doentes só no finzinho da vida, ainda têm um período rápido de declínio e morrem. Beleza, viveram numa boa, ativos, não ficaram incapazes. Têm boa aposentadoria, bom plano de saúde. Para eles a sociedade está dando uma oportunidade de envelhecer como nunca houve antes: quando adoecem, existem urgentes respostas tecnológicas. Mas a maioria de nós, depende do que o estado oferece – e ele oferece muito pouco. Estamos envelhecendo em pobreza. Aí você pergunta, mas como, não vivemos num país rico? Sim, rico em recursos, mas pobre, paupérrimo do ponto de vista social!

Bom, gente, não quero cansar a beleza de vocês com meus grilos, então vou parar por aqui, mas não posso sair sem dizer uma coisa que considero de vital importância nesse processo.

É o seguinte: para mim, esses desafios do agora não dizem respeito apenas às políticas públicas e ao cumprimento do Estatuto do Idoso. Antes de tudo, dizem respeito ao modo de agir das novas gerações, a atenção, o respeito e o carinho que dispensam aos idosos em geral, na rua, no ônibus, nas filas, etc.

Jovens, fiquem antenados, quem não morre jovem, velho haverá de ficar!! C'est la vie!

Enfim. No nosso dia, parabéns a nós, idosos, que estamos aqui, com saúde e vivinhos da silva!!!