"NEM TUDO QUE RELUZ É OURO"

sábado, 23 de junho de 2012

"NEM TUDO QUE RELUZ É OURO"

Aviso aos navegantes, ou melhor, aos leitores: passei a estudar Alquimia. E antes que me indaguem, explicarei por que o estou fazendo.

Diferente dos alquimistas da Idade Média, a minha proposta neste estudo (ou prática), não tem nada a ver em querer descobrir a pedra filosofal que transformaria em ouro outras substâncias.

A minha intenção é muito mais modesta. Volta-se para descobrir a criação de um espelho onde ao mirar-se, as pessoas se depararão com a possibilidade de enxergar-se a si própria. Não no sentido comum de como acontece com todos ao mirar-se num espelho. Esse espelho possuiria propriedades especiais.

É claro que isso causa espanto em quem lê o que aqui exponho. Ao mesmo tempo deve causar curiosidade por que para que o desenvolvimento de um espelho com propriedades especiais, ficam todos indagando, não é? Simples. Neste espelho, ficaria exposta várias facetas humanas que as pessoas não conseguem identificar ao mirar-se num espelho comum, que só espelha a aparência física de quem o faz. Este espelho especial, digamos, reflitiria várias informações necessárias à conscientização que o povo brasileiro está precisando visualizar, conhecer e admitir.

A primeira delas é ver o seu tamanho real. Aqui me refiro ao tamanho existencial. Aquele que mostra a triste realidade de um povo, que vive num país rico em recursos naturais mas, infelizmente, possui um povo atrasado mental, profissional, cultural e politicamente.

Está subjugado â ações de políticos desonestos e aproveitadores, que lhes impõe todo o tipo de situações vexaminosas, nos planos da saúde, educação, segurança e várias outras que bem sabemos.

É escrachado diuturnamente com tarifas e impostos no plano do primeiro mundo, mas recebe remuneração de terceiro mundo.

É servido pelas multinacionais estrangeiras (e até as nacionais), com serviços medíocres e de qualidades duvidosas.

Possui um atendimento e prestação de serviços públicos dos piores. Com atendimentos precários por parte deles em todos os segmentos que existem no país. Sem exceção.

Não possui uma formação técnica a altura daquilo que se precisa ou se espera.

Não cumpre com a sua parte no que tange às obrigações de cidadão-contribuinte e exige só os direitos que diz ter, eximindo-se dos deveres a cumprir.

Uma outra possibilidade de autovisão seria a pessoa pode mensurar o tamanho da sua incoerência. Esta talvez seja uma das propriedades mais marcantes do ser humano. Quase todos falam coisas que fazem e fazem coisas que falam, só da boca pra fora. Mentem com uma cara-de-pau sem limites. E pensam que conseguem enganar a todos.

A insensatez também seria melhor observada nas pessoas através da visão desse espelho especial. Talvez fizesse com que elas refreassem seus ímpetos aventureiros, livrando-as de muitas circunstâncias desagradáveis e prejudiciais.

E a desfaçatez? Essa, caramba, seria uma das propriedades mais espantosas se cada um pudesse ver o tamanho da sua ao mirar-se no espelho em questão.

Olhem, de antemão vou logo avisando: os políticos ficariam estremecidos se olhassem através desse espelho. Fugiriam dele como o diabo foge da cruz. Mas, quem avisa amigo é: você, ser comum, vá bem preparado para para mirar-se lá: o que verá, por certo, vai deixá-lo desnorteado e zonzo por um bom tempo. Depois, se você possuir autocrítica ou autoanálise, razoáveis, assimilará o baque e reagirá positivamente. É só uma questão de tempo.

Agora é torcer para que possa lograr êxito, ou torcer para que apareça outro alquimista que crie o tal espelho e esperar que coloque um preço acessível a todos. O que pode se tornar um entrave porque o brasileiro acostumou-se a produzir pouco e querer ganhar muito. Eis um dos nossos grandes problemas.

Assim, o círculo vai continuar fechado.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 02/10/2012
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