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         Sabem de uma coisa? Apesar de toda nossa valentia, nossa brabeza com relação aos nossos sentimentos, aquela falta de tato crônica, que nos afasta de nossa felicidade... Em algum momento da vida de cada um, baterá, bateu, ou bate, um ventinho estranho, inédito... O corpo parece que não obedece mais ao resto... Passa a ter vida própria, ou, a querer tê-la. Umas reações esquisitas, imprevistas... O tom de voz muda... Fica mais aveludado... O rosto suaviza... Passa-se a prestar mais atenção à brisa... Misericórdia! De onde saíram estas cores? Onde estavam? Onde estiveram a vida toda?...
         É, meus amigos. Felizmente, para a esmagadora maioria, o AMOR chega... Alguém nos balança e nos desbanca... Ficamos mansiiiiiiiiiiinhos... Muito provavelmente, mais bonitinhos! Acredito mesmo que chegue a todos, mas, desafortunadamente, alguns, não percebem. Talvez, por deficiências explícitas na formação de suas personalidades: a afeição foi “sobretaxada” . Foi, terrivelmente, mal interpretada, condenando estes seres a uma vida obtusa e sem brilho.
         Eu gosto demais, fico realmente, extasiado em apreciar esta mudança nas pessoas. Em mim, não conta, pois só sei viver apaixonado. Portanto, sinto isso direto. O que muda é a intensidade, regulada pela alimentação da fantasia. Para minha sorte, Itacaré proporciona-me, vasto material para meus romances imaginários...
         Incomoda-me brutalmente, a inadequação da tal maioria para vivência sadia de um relacionamento. Refiro-me àquelas uniões, incontestavelmente, baseadas em cumplicidade, respeito, carinho e uma boa dose de paixão... Uhu! É bom até de escrever!!!! Raríssimas de se encontrar, embora todos reclamem exatamente das mesmas deficiências. Fico pensando onde estarão os vilões, já que todos são vítimas?!?! A culpa é sempre do outro! Enfim, algo para se pensar...
         Voltando ao tema central: tenho a felicidade de ver, vez ou outra, alguém sendo, irremediavelmente fisgado por um sentimento maior. Muuuuuuuuuuuito acima do sexo, embora, possa sim, englobá-lo.


Continua, em poesia e música, no link abaixo:
 
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 02/10/2012
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