Batman bate à porta.
Vamos lá, pensemos um pouco.
Digamos que um punhado de amigos seus, conhecendo suas dificuldades para administrar sua empresa, contrate um grupo de negociadores para ajudá-lo no relacionamento com seus credores e com seus investidores.
Suponhamos que você não saiba de onde vieram os dinheiros para contratá-los, mas tenha certeza de que não sairam dos seus bolsos vazios.
Suponhamos, ainda, que você não esteja presente em nenhum dos encontros, promovidos por aqueles profissionais, contratados por seus amigos.
Suponhamos, mais uma vez, que você não saiba quais as ações promovidas, por esses e por seus amigos, mas, enfim, todas essas, tragam muito bons resultados a sua empresa.
Quem é o responsável pela comando da empresa?
Quem leva os louros pelo progresso das coisas?
Quem se beneficia dos resultados de tudo?
Um dia a polícia bate na sua porta: ""teje" preso"!
- "Mas o que foi que eu fiz?"
- "O senhor contratou os serviços de um bando que usou métodos excusos: chantagens, ardis, escaramuças."
- "Eu não!"
- "O senhor não é o dono da empresa?"
- "Sim sou, mas meus amigos contrataram esses senhores."
- "Está bem, mas sua empresa se beneficiou de tudo o que fizeram e o senhor também."
- "Sim, mas eu não sabia quem eram, nem o que faziam."
- "O senhor não é o dono?"
- "Sou, mas aceitei a ajuda sem noção do que iria acontecer, pois confiava nos meus amigos e acreditava que se minha empresa se reerguesse, muitos, então, se beneficiariam, pois minha empresa ajuda a muita gente!"
- "Entendo, mas todos, aqueles que fizeram o que fizeram e aqueles que disso se beneficiaram têm que arcar com as consequências."
- "Incluindo meus clientes?"
- "De certa forma, pois agora sua empresa estará sob investigação. Percebo, entretanto, que o senhor não sabia de nada. Não se preocupe, por enquanto, porque vamos atrás dos contratados e de seus amigos primeiro".
Suponhamos, por última vez, que a estória continue...
(Essa é uma obra de ficção, mas qualquer semelhança com fatos reais pode não ser coincidência.)