Não há pobreza

Pobres não são as pessoas em si; não são valores salariais nem financeiros que definem a importância de cada um nem os predicados humanos; não somos mercadorias que apenas valemos o quanto pesam. Existem pessoas simples dotadas de tanta dignidade que causam inveja no universo da sociedade. A pobreza se identifica em cada atitude daquele que se mostra indiferente à preservação do seu patrimônio, da sua integridade física, do seu futuro e da sua inserção social. Quando alguém não cuida do seu patrimônio jurídico, sem dúvida não valoriza a importância dos seus semelhantes, sobretudo, dos que estão mais próximos. Existe um infinito número de pobreza: de pensamento, de atitude, moral e ética, de ação e até de omissão, beirando as cercanias da plena ignorância. Isto produz implicações no campo pessoal, familiar, social, e, por conseqüência no campo econômico, defasando também o poder financeiro, como resultado final deste somatório de descompasso, caracterizando o estado de pobreza.