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        Como todos já sabem, convivo com dezenas de passarinhos que vêm comer banana na tela que separa meu quintal do resto do sítio. Têm sanhaçus, bem-te-vis, gurinhos, sete cores, tiés e, outros que não sei tipo... Mas, desde o primeiro dia que pisei neste lugar, inacreditavelmente, mágico, lá estava ele, o sabiá. Um de barriga laranja. Gorducho. Lindo.
                   Já naquele encontro, ele me encarou. Senti-o, perfeitamente, me analisando, me filmando... Ele acabou assumindo o comando aqui do self service aéreo...! Há um comando. Existem mais sabías, que os outros. Eles decidem quem vai comer e, quando!
                   Houve um momento em que os sabiás invocaram com os miquinhos. A estratégia era a seguinte: davam um pio bem alto, bem estranho e saíam voando em direção ao miquinho, no tronco da árvore. Colidiam propositalmente, creio que, meio de leve, no corpo do miquinho, que assustado, disparava. Mas, logo os espertinhos perceberam o golpe, e passaram a resistir, até que os seus opressores desistiram.
                   Tive que separar as bananas, para evitar futuros conflitos. Afinal, há bananas pra todos. É com o maior prazer, que não deixo faltar pra eles. Todos são co-autores em minha obra. Pronto! Chegamos ao motivo desta crônica:
o benefício da companhia encantada dos sabiás.
                   Misericórdia! Receio que desta vez não serei capaz de elucidar o tanto que eles mexeram em mim... O tanto que me sensibilizaram... Escancaradamente, me inspiraram. E, me inspiram. E, continuam, a me sensibilizar. A me lapidar!


Melhor terminar em poesia:

http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/10/o-beneficio-de-sabias-doce-melhora.html
 
 
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 17/10/2012
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