Um Novo Amanhecer

Hoje, minh’alma está em festa. Quem não me conhece há de perguntar por quê? Também, sem conhecer a quem não me conhece, arrisco-me a responder sem o compromisso de ser infalível e muito menos, o de agradar a todos que, por acaso, venham a ler o que escrevo, pela primeira vez. Quando falo em primeira vez, refiro-me ao fato de, somente agora, aventuro-me a publicar o que, ao longo do tempo, venho observando alguns fatos que, no Brasil de hoje, vêm acontecendo, para a alegria de muitos e para a tristeza de outros tantos.

O “Despertar” surgiu graças ao impulso criativo de alguns jovens do colégio onde estudo e que, não por acaso, me insiro no rol deles. Esse jornal estudantil tem uma finalidade principal, dentre tantas outras mais: a de oferecer a todos os que desejarem participar, uma oportunidade para que publiquem suas poesias, seus poemas, suas prosas, seus contos e até suas próprias estórias, mercê do compromisso dos responsáveis pela edição, de não fazer uso da censura, em nenhuma hipótese. Apenas será permitido o uso de uma revisão ortográfica, a fim de primar pela boa apresentação do que for escrito e nada mais.

Desse modo e frente à possibilidade de um futuro melhor para a juventude da qual faço parte, cumpre-me o dever de enaltecer as ações políticas dos homens e mulheres que escreveram e aprovaram a nova Constituição brasileira. A constituição cidadã, como bem a batizou um dos nossos homens públicos.

Sob a égide dessa nova Constituição, apraz-me conclamar a todos os jovens de nossa comunidade, que procurem se envolver com todo e qualquer movimento social que tenha como princípio esforço solidário a fim de que possamos, num futuro não muito distante, comemorar o progresso e o sucesso da cidadania, tão subestimada nos últimos tempos. Particularmente, conclamo as jovens mulheres de meu tempo, para o envolvimento com práticas que visem à promoção das igualdades de gênero e racial. Sem medo de errar, antevejo dias melhores para nossas vidas e um lindo despertar em novo amanhecer.

Por último, agradeço, imensamente, ao padre José Dias, nosso professor de OSPB – Organização Social e Política Brasileira, pela revisão ortográfica deste texto e pela inserção de novas idéias que contribuíram para sua clareza e, quiçá, para sua total aceitação.

P.S.

Texto publicado por Maria Rosa* em 1988 no Jornal "Despertar" do Gremio Estudantil do colégio onde estuda.

* personagem do quarto livro que estou escrevendo,- O Triângulo das Tormentas e que espero publicá-lo no próximo ano.

Rui Azevedo
Enviado por Rui Azevedo em 19/10/2012
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