O miléssimo

O miléssimo

21/10/2012

Tempos de transformação da vida onde mais ouvimos de idas do que de chegadas. No mundo televisivo as novelas fazem suspenses em quem matou alguém. Nos programas que dão IBOPE só ouvimos notícias de quantos policiais, ou quantos bandidos morreram no prolongado embate PCC x PM. PqP é craque, é droga, é briga de gangue, é sequestro, é estupro, é pedófilo,é mãe jogando filho na lixeira, é ladrão de saidinha que rouba o salário mínimo do aposentado, são políticos de Brasília que ganham sem trabalhar. Mas é preciso encarar a vida e com nossos bicos de beija-flor a levar a gota de água para apagar o fogo na floresta.

Hoje recebi e mandei textos sobre amizade. Que excelente sensação ao vermos alguém que nos estende a mão e que de forma gratuita depois de décadas nos dizem obrigado pelo que me disse quando meu chão não existia. Ou aquela que nos lembra do primeiro beijo a princípio roubado.

Que seria de nós nestes tempos caóticos onde o errado é certo se não fossem os amigos. Amigos de alma, amigos de fé. Amadas, amantes, amigas, todas elas tão queridas. Amigos do primário, secundário, do ginásio, da escola, da faculdade, amigos de turma. Amigos destas terras, amigos de além terras, amigos de outras eras, amigos de outros mundos, amigos que vejo, amigos que não vejo, amigos que nesta vida me guiam.

Amigos singelos, amigos sinceros que por nós oram, ou propostas de vida para nós elaboram.

Amigos, que nos falam, que nos escutam, amigos que nos calam, amigos que nos leem.

A você que agora lê este texto, me mande teu recado, e a todos os outros 999 que já leram outros textos, ou que compartilham minha vida, minha amizade, minha gratidão e minha homenagem.

Geraldo Cerqueira