SERRA e o Fim do PSDB e do DEM...

Serra e o fim do PSDB e do DEM

Jorge Linhaça

Que o PSDB vai mal das pernas, assim como seus eternos vassalos do DEM, em quase todo o Brasil, é uma realidade cada vez mais aparente. O estado de São Paulo parece estar se cansando das práticas demo-tucanas e as eleições municipais deste ano mostram a desidratação desses partidos no estado.

Na capital paulista, finalmente, o povo parece ter compreendido quem é José Serra e o está presenteando com 52% de rejeição ao seu nome. Pelo andar da carruagem é o príncípio do fim de uma geração de políticos perdidos no tempo e que se acham acima do bem e do mal.

Torço para que o PSDB não desapareça, a oposição é sempre necessária, o contraponto deveria ser sempre produtivo, o que torço é para que ególatras como Serra sejam enviados com bilhete sem volta para o ostracismo político.

Claro que há de haver pessoas de bom senso dentro do PSDB, ao menos por enquanto, mas também é claro que a turma de Serra é um trator desgovernado, assim como a de Zé Dirceu no PT.

Com a depuração de figuras insignificantes que se acham poderosas, em todos os partidos, há de se abrir espaço para novas idéias e novas propostas.

Podem gostar ou não do PT, mas ao menos nesse aspecto parece estar havendo uma renovação nos nomes que pleiteiam cargos majoritários, já os demo-tucanos continuam com o viciante rodízio há décadas.

Caso o DEM e o PSDB venham a minguar cada vez mais, grande parte da responsabilidade por isso deverá ser creditada a Serra e seu bloco de escudeiros e blindadores.

E não falo apenas dos políticos assumidos, há muito jornalista narcisista na mesma situação. Isso sem contar os pseudo-líderes religiosos que acham que Deus tem partido político. Ou busam uma boquinha ou favorecimento.

Se fossem tão bons de voto e tão bem intencionados e contassem realmente com a certeza de que Deus está a seu lado, seriam candidatos e fariam grandes administrações...mas já faturam muito mais dando palestras e enchendo estádios e ginásios, sendo régiamente pagos para tal.

O que precisamos, enquanto sociedade, não é de um sistema viciado onde os mesmos nomes ou sobrenomes dominem o cenário político.

Precisamos sim é dar um sonoro "não" a esse tipo de capitanias hereditárias políticas que se perpetuam em vários estados.

Fernando Henrique Cardoso, num rasgo de consciência política, resumiu bem a situação de seu partido e agregados:

" O PSDB está sofrendo de fadiga de material".

Não sei se isso diz respeito ao partido como um todo, principalmente em São Paulo, ou se referia-se nas entrelinhas ao bloco S-errista. O fato é que não foi qualquer um que o disse, foi uma das maiores figuras do partido até anos atrás.

Enfim, torço para que a política brasileira encontre o seu rumo com novas idéias, renovada, re-oxigenada, com menos sectarismos e mais interesse público ao invés de pessoal e/ou partidário.

Só é uma pena que muita gente não goste de ver avanços sociais.

Salvador, 21 de outubro de 2012