MINHA GERAÇÃO

 

Observando o comportamento das pessoas no mundo de hoje, fico pensando de onde viemos e para onde estamos indo. Muitos dizem que o mundo mudou, está louco e coisa e tal. Não concordo, uma vez que o mundo está exatamente do mesmo jeito que sempre foi. Não mudou nada. O que mudou – e muito – foram seus habitantes, principalmente os humanos, haja vista que os animais ditos irracionais também não mudaram, mantendo-se fieis às suas origens, costumes e tradições. A natureza também se mantém no mesmo rumo, com seus mares, montanhas, florestas, céus, nuvens, chuvas, lagos, desertos e afins.
 
Já o homem, esse mudou tanto que acabou por perder o rumo. E por que mudou? Difícil fazer uma afirmação certeira. Talvez pelo mau uso da excessiva evolução tecnológica, internet, celulares, tablets e demais coisas do gênero que acabaram por minar o convívio social, o olho no olho, a conversa inteligente e culta.
 
A imprensa mudou de nome: agora é mídia. Programação de TV virou grade. Apresentador de telejornal virou âncora. Brincadeira na escola agora é bullyng. Prédio de apartamentos virou torre. Velhice é melhor idade. A arte de comer bem hoje é pecado, pois tudo faz mal. E haja malhação no corpinho sarado em detrimento de um bom livro. Os exemplos são muitos.
 
Mas o que eu quero mesmo dizer é o seguinte: com tanta evolução, com tantos estudiosos e especialistas sobre todos os assuntos, tantas “novas” palavras, uma população mundial crescendo assustadoramente e com todas as facilidades de acesso às informações, as relações humanas estão cada vez menos disseminadas e mais deterioradas, a ponto de ter chegado à triste conclusão de que a minha geração foi a última geração feliz, inteligente e de algum gabarito neste mundo. Sem contar a chocante inversão de valores que se estabeleceu. E neste ponto, reproduzo a famosa frase de Albert Einstein: “Temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa humanidade. O mundo terá somente uma geração de idiotas”. Creio ser desnecessária qualquer explicação adicional.

Circula na internet um texto onde uma professora de matemática faz uma série de comparações sobre a “evolução” do ensino da matéria ao longo dos anos, começando em 1950 e chegando até 2010. Faço questão de reproduzir os dois parágrafos finais.

A pergunta a seguir foi vencedora em um Congresso sobre Vida Sustentável: “Todo mundo está pensando em deixar um planeta melhor para nossos filhos. Quando é que se pensará em deixar filhos melhores para o nosso planeta?”.

Passe adiante, precisamos começar já, ou corremos o risco de largarmos o mundo para um bando de analfabetos, egocêntricos, alienados e sem a menor noção de vida em sociedade e respeito a qualquer regra que seja.
 
 
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