A sua voz...

De repente ao olhar para o celular me lembrei do dia que ouvi a sua voz pela primeira vez. Como eu estava ansiosa. Seria a primeira vez que ouviria a voz de alguém que já fazia parte do meu coração. Comecei a dar aula e parecia que o tempo não passava. 19:20. Ainda faltava 1 hora e 10 minutos. Até que deu as 20:20 da noite. Corri. Na sala dos professores guardei meu material e saí em disparada. Precisava dá o tal toque para o celular. O coração disparava, os sonhos quase pulavam para fora do meu corpo. Liguei. Desliguei. Exatos 3 minutos de espera. Toca o celular. E do outro lado o silêncio. Gelei. Não é possível. “Fala comigo, não faz assim”. Cai a ligação. Ligo de volta. E finalmente a sua voz. E que voz. Disparou meu coração. Me fez suar. Minhas pernas não seguiam os meus comandos. Me sentei na primeira calçada que encontrei. Tudo ao redor perdeu o nexo. Nada existia. Só a sua voz. E que voz. Grave. Forte. Linda. “Desliga que eu te ligo de volta”. Por um segundo eu tive medo. E se ele não ligasse mais? “Eu ligo”. Desliguei. E quase derrubei o objeto que faria ouvi a tua voz outra vez quando ele novamente tocou. “Oi. Pode cai a ligação. Tem pouco crédito”. “Não se preocupa. Eu ligo de volta, certo?” “Tá”. E que voz. Cada nuance. Cada tom. Cada letra. Não vi nada de errado. Sabe, ele dizia que tinha uma dificuldade na voz. Que eu iria ouvir e poderia não entender. Não vi nada disso. Para mim era a voz mais linda e excitante que eu ouvia. Era perfeita. Meu coração a acolheu até a última gota. 30 minutos conversando. E de repente não queria desligar. Mas ele tinha aula. Eu ia para casa. Nos despedimos. Me senti nas nuvens. Acho que comecei a amá-lo ali. A partir dali a sua voz sempre me fez sentir excitação, alegria. Hoje escuto os seus sussurros de amor ao meu ouvido no momento do êxtase. Sou agraciada todo dia pela sua voz. Posso dizer com sinceridade que ela é que me mostrou o amor. Calma. Meiga. Energizante. Pura. Linda. Te amo Israel. E agradeço sempre a oportunidade de te ouvir, ver, sentir e amar. Obrigada pela sua existência. Sua, eternamente, sua, Déa

Andréa Mélo De Almeida Farias
Enviado por Andréa Mélo De Almeida Farias em 27/02/2007
Reeditado em 27/02/2007
Código do texto: T395922
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