OS EMPROADOS ACADÊMICOS

O saber mais que o outro, definitivamente não pode ser usado como instrumento de agressão. É muito comum, você propor a discussão de uma idéia e de repente ser surprendido com alguém que começa a apontar erros crassos de Português, vícios de linguagem, omissão de vírgulas, etc.

Existem pessoas que ostentando um conhecimento maior, se julgam donos exclusivos do direito de se manifestar. Sabe-se que normalmente o analfabeto ou o semi-analfabeto (não abro mão do meu antigo hifen.rss) com certeza tem mais dificuldades para expor pontos de vista e defendê-los de forma exuberante no que tange à arte de escrever.

Mas ao mesmo tempo em que isso se faz necessário, numa missão didática ou em missões diplomáticas onde se exige o requinte em todos os aspectos, como indispensável, existem também pessoas com recursos limitados, escolaridade baixa e que se esforçam e minimizam suas deficiencias nesse aspecto e pelo dom que possuem acabam compensando essa "ignorância", cujo termo aqui não é pejorativo.

Resultado: Quem entra para criticar essas pessoas, pecam pelo pedantismo, pela antipatia de usar seu saber como arma.

É por isso que alguns analfabetos bem sucedidos na vida, ricos comerciantes devolvem com merecida ironia esses esnobismos de alguns infelizes, eternos implicantes que não perdoam erros de grafia, agressões explicitas às regras de concordância verbal e nominal, etc.

Os grupos mais antigos, do qual me orgulho de fazer parte, passaram por tres reformas ortográficas e realmente tem sido um sofrimento esse negócio de tira W, tira o Z, tira o Y e depois de alguns anos, tudo pode novamente. Agora mais recentemente implantaram o horror com a supressão dos belíssimos hifens com a qual, eu pessoalmente não concordo, e vai por ai.

Dia desses, por e-mail, andei trocando farpas com um desses críticos ferrenhos que apontava em texto específico que publiquei aqui, vários erros de grafia, acentuação grave, aguda, sei lá mais o quê.

Eu disse a ele, que não era professor de lingua pátria e que a minha intenção quando escrevo algo, é mostrar meu pensamento sobre os mais variados assuntos, Política, futebol, religião, arte, comportamento humano.

Ele me respondeu que não tinha partido, não torcia pra time algum e nem se apegava a alguma religião e mesmo que fosse o contrário, não discutiria isso em público. E disse mais: Não tolero gente incompetente que acha que porque pensa algo, pode sair por ai agredindo a lingua portuguesa. Em outras palavras o imbecil acadêmico pode até mesmo ser um especialista e um sabe tudo, mas a sua educação é zero e deve com certeza estar com algum problema em casa e tenta dissimular isso em cima de "moi". Eu hein...

Ao que respondi:

Então encomende seu caixão - Porque morto você já está e só falta deitar. Rsss

Diante dessas agressões tolas desse sujeito perfeccionista, cheguei à conclusão que aquela música caipira cujos autores e interpretes, não me lembro os nomes, pode fazer sentido:

E como desabafo, sinceramente me dá vontade de cantá-la no chuveiro.

"Nóis é analfabeto, nóis num qué estudar, mas nóis drome em cima do dinheiro". Ou coisa parecida.

Evidente que isso não sirva de incentivo aos mais jovens para que deixem de estudar, porque ficar rico e ter um bom desempenho profissional e estabilizar a vida econômica e financeiramente sendo analfabeto, a gente sabe que o caminho é muito difícil e quando se tem apenas quatro dedos numa mão e se chega à presidencia da república, é porque nasceu também com aquilo virado pra lua.

Uma boa tarde a todos e que a chuva que insiste em não cair, possa abrandar o calor de nossas emoções.