FALANDO DO EGOISMO

FALANDO DO EGOISMO

Muitas vezes, adentramos em Seara, que não nos dizem respeito. Tencionamos validar parâmetros, sem que estes hajam saídos sequer do campo das hipóteses. E assim, é o homem, criado segundo a bíblia, a imagem e semelhança de Deus.

O homem, porém, diferente de Deus, é cheio de defeitos: preconceito, ódio, rancor, orgulho e egoísta no trato com aquilo que acha lhe pertencer. Às vezes, não entendemos certas decisões adotadas por nossos semelhantes. O direito do ir e vir são de todos, do sim e do não também são de todos, fica difícil querer decidir por alguém, ou querer que alguém decida por nós.

Mas, insistimos nessa barreira ao crescimento, que não é de Deus, mais de sua criação o homem, detentor do egoísmo, ao reivindicar razões ao desconhecido. Embora, sabido o fato, não nos dá direito à obtenção da verdade, daquilo que não criamos, vivenciamos ou partilhamos com alguém.

Na convivência entre indivíduos de sexos opostos, é mais visível a presença deste substantivo, embora, entre as pessoas do mesmo sexo e até na união dos animais ditos irracionais, aparece em maior ou menor grau de intensidade. Entretanto, alguns estudiosos, chamam a isso de extinto entre os animais.

Egoísmo, segundo o minidicionário da língua portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, 1ª edição, pagina 173, é amor excessivo ao bem próprio, sem consideração aos direitos alheios. Logo, este vocábulo não é um pressuposto, é uma realidade plantada em cada ser humano, que aparece e desaparece conforme a necessidade de resposta instalada, através das percepções e deduções levadas a termos por cada individuo.

Mas quem de nós, no amor, já não teve o seu momento, como egoísta? Apontem-me na multidão o elo perdido, e eu lhes direi: este nunca soube o que é o verdadeiro amor, e por isso, apedrejai-o em honra a quem ama e consegue demonstrar um pedacinho de seu egoísmo ao ente amado.

Viva o amor, mesmo excessivo, mesmo que seja ao bem próprio; só não podemos e não devemos ignorar as considerações aos direitos alheios.

Fevereiro 2007

Feitosa dos Santos, A.