É contraproducente continuar na estrada errada. Por mais que seja doloroso, ou, custoso, ter que voltar, retroceder, é a melhor saída, sempre.
Sei que a coisa mais difícil nas pessoas é voltar atrás, reconhecer o erro, admitir o desastre das escolhas erradas... Mas, não há outro jeito para se recuperar a tranquilidade. Pode-se, sim, claro, seguir no equívoco, aos trancos e barrancos, vestindo máscaras para manter a pose... Entretanto, é entrar em uma via paralela à realidade.
Sei, também, que a sociedade incentiva a continuação pela rodovia da frustração, porque foi aberta por ela, pelos seus enganosos paradigmas, que atendem a uma minoria. Minoria esta, que, também, não é feliz. Apenas, vive com mais conforto.
Há dias, também, que precisam ser reiniciados, para ver se a conexão com o infinito melhora. Dias em que acordamos tristes, tortos, chorosos... Com aquele incômodo no peito, impossível de ignorar, mais ainda, de solucionar...
A primeira hipótese é tentar reagir, obviamente. depois de identificar o que é que está pegando. Se não for possível, e as lágrimas começarem a escorrer, espontaneamente, sem nem torcer os músculos da face...Deixemos rolar... Sempre é bom aliviar, de alguma forma. Se, ainda assim, já com o olho inchado, o coração continuar reclamando, o melhor é voltar pra cama, dormir, nem que seja um pouquinho, para começar tudo de novo.
Estamos em processo de evolução, querendo ou não, admitindo, ou não. Não temos em nossas mãos todos os fios de nosso destino... Estamos ligados a tudo, a todos. Recebemos irradiação de todo lado. Quase tudo conspira contra o nosso equilíbrio, justamente, nosso bem mais precioso. Portanto, se um dia nos sentimos mais fraquinhos, mais vulneráveis, é perfeitamente normal e aceitável. O que não vale, o que não pode de jeito algum, é mascarar. Fingir um equilíbrio inexistente, de fachada...
Hoje, comigo, foi assim. Acordei, escrevi, publiquei, comentei. Quando fui malhar, o corpo disse não... A partir daí o dia desabou em cima de minha cabeça, de uma forma tal, que me assustei. Constatei, mais uma vez, que o jeito que estou vivendo, tem seus dias contados. Não vai dar pra continuar assim, por muito mais tempo. Preciso, urgentemente de uma intervenção da imensidão. Pensando assim, voltei pra cama e dormi de leve, uma hora. Levantei, tomei banho cantando. Continuei cantando, cantando, cantando, bem alto mesmo... Então, me acalmei.
Conclusão vale qualquer coisa que o bom senso autorize, pra nos livrarmos do sofrimento. Até mesmo voltar pra cama e recomeçar o dia.
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