Problemas Dezembrinos

Dezembro chega e o que vem as nossas mentes é o Natal. Festa em que a família toda se reúne colocam os assuntos de um ano inteiro em dia e o melhor; trocam presentes. Nessa época entrar em lojas é quase impossível. Uma luta contra um mar de pessoas na busca pelo presente ideal. Ano passado, comentei aqui a respeito dos golpes que damos nos Natais. Aqueles em que um presente individual torna-se propriedade coletiva. Devido a isso, esse ano, mamãe fez uma lista do que ela queria. E uma lista que não era curta. Um abuso. Mas, para as mães não há quem consiga negar. Elas fazem aquela carinha que só mãe tem e caso você não se comova; apelam. Gerando em nós um sentimento de obrigação, dizendo que foram elas quem nos colocaram no mundo, trocaram nossas fraldas, e outras coisas mais que não convêm serem comentadas agora. Manteiga derretida como sou, não resisti. Peguei a lista e fiquei a imaginar quanto deveriam custar os vinte e tantos itens lá listados.Entrei no shopping meio que sufocado. Apesar de muitos dizerem que as dependências deste centro comercial são refinadas e que possuem toda uma elegância para atender um publico elitizado, nesta época, não vejo diferença do mesmo em relação a popular 25 de março. As lojas que lá se encontravam assemelhavam-se a verdadeiros formigueiros humanos, nas quais havia até fila de espera do lado de fora. Do lado de dentro uma muvuca. Por sorte consegui entrar em uma e não sei como consegui sair vivo de lá. Mal entro, sou abordado por um vendedor, ele entrega um papel com o seu nome dizendo que caso necessitasse de algum auxílio bastava chamá-lo. Olhei para frente a fim de agradecer, mas o mesmo já havia se evadido, seguindo para outro e mais outro cliente com o mesmo assunto. Logo associei. Nessas épocas, por um maior movimento, as lojas acabam contratando alguns funcionários temporários, apenas para atender a alta demanda desta véspera de festas. Propondo aos mesmos uma comissão por cada produto que consigam vender, por isso tal tática. A música rápida, movia a agitação em que o estabelecimento se encontrava. O ventilador girava demasiadamente tentando cessar com o calor ali existente. Dou dois passos e fico estagnado no meio do furdunço. A minha frente para minha sorte, encontro o primeiro item. Acho a blusa vermelha com o borado ao lado. Confiro o tamanho, e percebo que não serviria. Procuro nos cabides e nada encontro. Em meio ao barulho, consigo chamar o rapaz que me recepcionara no início. Comunico o problema e o mesmo com pressa de se livrar e conseguir mais uma venda, pega um número igual ao que estava em minhas mãos, saindo mais rápido que outra coisa, mas ressaltando:"- No caixa diga que foi atendido pelo Vitor". Desisto daquela blusa, passando para o próximo item desanimado. Encontro tudo perfeito. Olho o preço, um absurdo, mas o que fazer? Levo ao caixa e após uma fila de virar curvas e curvas sou atendido. No caixa outra surpresa, o preço no cabide estava errado. Para os que pensam que me dei bem, tendo um preço menor do que o que vira, se engam. O preço era muito maior e o pior não era isso, mas sim, a comissão do vendedor que era um abuso, para quem nada havia feito. Saio da loja nervoso, sem nada levar.

Desisto! Chego a conclusão de que comprar presentes em época de Natal não dá. Ano que vem faço diferente, ou compro antes para evitar tudo isso e ainda pagar bem mais barato, ou fico devendo a lembrança natalina. Para finalizar, desejo a todos, um Natal abençoado e que as graças do menino Jesus estejam presentes em vossos lares. Estes são meus sinceros votos!

Vinícius Bernardes
Enviado por Vinícius Bernardes em 15/11/2012
Código do texto: T3987269
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